Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar tem 6ª alta seguida e termina a R$ 3,53

Preocupações com perda do grau de investimento do país e também com um impeachment da presidente Dilma Rousseff reforçaram cautela do mercado

Por Da Redação
6 ago 2015, 17h51

O dólar terminou em alta pelo sexto dia seguido nesta quinta-feira, ao avançar 1,39%, aos 3,53 reais. Nas últimas seis sessões, a moeda acumula valorização de 6,25%. Na máxima, a divisa chegou a bater 3,57 reais. A aversão ao risco, mais uma vez, ditou a tendência da moeda americana, que está sensível a solavancos diante do possível rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s e do cenário cada vez menos hipotético de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Entre as derrotas recentes sofridas pelo governo estão a perda de partidos aliados (PDT e PTB), a aprovação no Congresso de medidas que aumentam os gastos públicos – as chamadas “bombas fiscais” – e a crescente perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. A cada sinal de ameaça à governabilidade, o mercado redobra a cautela.

“Eles (Congresso) estão atropelando a Dilma”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. “Enquanto a situação estiver confusa, o dólar não vai parar de subir”, acrescentou Carvalho. “O cenário interno é o que está chamando atenção agora, mas no médio prazo, independentemente do que acontecer aqui, o dólar vai subir”, afirmou o operador de uma corretora internacional.

No início da tarde, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, afirmou que o nível atual de câmbio está muito acima do que seria explicado pelos fundamentos econômicos e que comprar dólares nos atuais patamares pode representar risco de perda no médio prazo. A fala do diretor não gerou reação significativa no mercado de câmbio, apesar de analistas verem nela um possível recado do BC antes da adoção de alguma medida para tentar conter a incessante alta da moeda americana.

Continua após a publicidade

Num levantamento da XP Investimentos, feito com 100 clientes institucionais, divulgado em 4 de agosto, 100% dos investidores consideravam alguma probabilidade de impeachment da presidente Dilma. No levantamento anterior, realizado em abril, esse porcentual era de 53%. Conforme pesquisa do Datafolha publicada nesta quinta-feira, a reprovação do governo Dilma atingiu 71%, patamar superior ao de Fernando Collor na época do impeachment.

A Bradesco Corretora elevou nesta manhã suas projeções para o câmbio no Brasil, estimando dólar a 3,60 reais no fim deste ano e 3,90 reais no fim de 2016, contra 3,25 e 3,40 reais, respectivamente. O Bank of America Merrill Lynch também revisou a perspectiva para o dólar a 3,80 reais no fim do ano e a 4,10 reais no fim de 2016, ante projeção anterior de 3,5 e 3,80 reais, respectivamente.

Leia mais:

Rombo na poupança em julho soma R$ 2,45 bi – o maior em 20 anos

André Esteves: ‘O pior ainda não passou’

Bolsa – A Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira, com agentes financeiros apreensivos acerca do cenário político conturbado e instável, embora a recuperação dos papéis da Petrobras e da Vale tenha limitado a queda do principal índice da bolsa paulista. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,63%, a 49.971 pontos. O volume financeiro somava 6,3 bilhões de reais.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.