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Dólar surpreende mercado e fecha em queda, a R$ 2,36

Moeda era negociada em forte alta na manhã desta terça, impulsionada pela iminência de um conflito na Síria, mas passou a cair no meio da tarde

Por Da Redação
27 ago 2013, 18h48

O dólar surpreendeu o mercado nesta terça-feira e encerrou o pregão negociado a 2,36 reais na venda, queda de 0,65%. O movimento de baixa ocorreu de maneira inesperada por volta de 15h15 (Brasília), horas depois do leilão diário de contrato de dólares feito pelo Banco Central. Apesar de ter caído no final das negociações, o dólar passou boa parte do dia subindo, depois de abrir em alta de 2,41 reais e ameaçar bater 2,42 reais.

A forte alta vista pela manhã foi motivada pelo temor em relação à Síria. A possibilidade de os Estados Unidos e seus aliados atacarem o país deu instabilidade aos mercados e fez os investidores se livrarem de aplicações de risco, como moedas de países emergentes, e correrem para ativos considerados “porto seguro”, como o dólar, o ouro e os títulos do Tesouro dos EUA, os chamados Treasurys.

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Durante a tarde, enquanto o dólar se valorizava na maior parte dos mercados, o Brasil passou a mostrar comportamento dissonante. Analistas foram procurados pelo site de VEJA logo após a queda e não souberam explicar a razão. Para o gerente de câmbio da Treviso corretora, Reginaldo Galhardo, a explicação mais plausível é uma forte entrada de capital no país pelas mãos de algum empresário. “Pela rapidez da queda, nós imaginamos que seja isso (entrada de dólar). Se fosse uma boa notícia conjuntural, saberíamos logo em seguida”, explica. Ele acredita que alguma empresa deve ter movimentado um intenso fluxo de capital, trazendo dólares – na casa de milhares – para o mercado doméstico. “Pode ser um ou vários exportadores que tinham dinheiro para entrar e aproveitaram o momento”, explica.

O site do jornal Valor Econômico informou que um único empresário foi responsável por repatriar mais de 1 bilhão de dólares ao país nesta terça-feira – e que essa única operação foi responsável por derrubar a moeda para 2,36 reais novamente.

Mas a queda, segundo Galhardo, deve ser pontual e não representa uma resposta do mercado aos leilões do BC. “O dólar deve abrir em alta amanhã, pelo que indica o after market (negociações que acontecem depois do fechamento dos mercados), com o dólar a 2,37 reais”, afirmou. De acordo com o operador, a entrada é momentânea. “Se melhorar o fluxo e entrar dólares diariamente, provavelmente a moeda continuará em queda. Mas não é isso que temos visto nas últimas semanas. Não é de uma hora para outra que vamos ver uma mudança. Continuamos desacreditados lá fora, o que quer dizer que o dólar entrou (hoje) por uma razão específica”, diz.

Banco Central – Nesta terça-feira, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento em 2 de dezembro de 2013, como parte de seu plano de intervenções, cujo potencial é de 60 bilhões de dólares. Entre segunda e quinta-feira, o BC ofertará 10 mil contratos de swap por dia e, nas sextas-feiras, ele fará leilão de venda no mercado à vista com compromisso de recompra no valor de 1 bilhão de dólares.

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À tarde, o BC anunciou ainda para quarta-feira a próxima etapa de seu programa de intervenções, ofertando 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de dezembro de 2013.

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