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Dólar subiu 5,82% em maio, apesar de ações do BC

Por Da Redação
31 Maio 2012, 17h37

Por Cristina Canas

São Paulo – Há tempos não se via um final de mês com disputa tão acirrada entre investidores comprados e vendidos em derivativos cambiais. E mais longo ainda é o período em que não se registrava uma vantagem dos primeiros sobre os segundos. A alta das cotações do dólar ante o real, que favorece os comprados, foi generalizada e forte neste mês de maio e aconteceu em reflexo, principalmente, da deterioração do mercado internacional, com o crescimento das possibilidades de que a Grécia abandone a zona do euro.

A aversão ao risco que atingiu o câmbio no Brasil fez o Banco Central intervir no mercado por meio de leilões de swap cambial, que representam a venda da moeda norte-americana no mercado futuro. Desde o final do ano passado, quando a autoridade monetária ofereceu linhas de financiamento para exportadores, o BC não atuava na ponta de venda. Na ocasião, rapidamente houve um refluxo das cotações e as atuações foram breves. Nesta quinta-feira o BC não veio a mercado, como já ocorre nos últimos dias. Primeiro porque o mercado moderou a pressão de alta no dólar, mas também porque é comum a autoridade monetária evitar intervenções quando os investidores estão em meio a esses movimentos técnicos de final de mês.

O dólar junho, objeto da disputa entre os investidores, valia R$ 2,022, com alta de 0,22%, às 17h05. No mês, o aumento estava em 5,34% até esse horário. Em reflexo, a alta mensal foi forte também no mercado à vista, onde o balcão encerrou maio com valorização de 5,82%, a R$ 2,017. No dia, no entanto, o dólar balcão registrou variação zero, depois de vaivéns durante todo o dia. Na BM&F, o dólar à vista ficou em R$ 2,020, com ganho de 7% em maio e de 0,28% no dia. No ano, a alta do dólar à vista é de 7,92% no balcão e de 8,34% na BM&F.

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A taxa oficial do Banco Central – Ptax – referente a maio, usada para liquidar os contratos de junho, mostrou valorização de 6,90% no mês, a R$ 2,0223. Nesta quinta-feira, ela teve alta de 0,72%.

A disputa pela formação da Ptax foi acentuada nos últimos dias e estendeu-se até a manhã desta quinta-feira, segundo operadores. O giro do dia foi forte e houve grandes oscilações. Umas facilmente explicadas pelos acontecimentos externos, que beneficiaram os comprados nesta quinta-feira e durante todo o mês de maio, e outras nem tanto. Segundo um operador ouvido pela Agência Estado, perto do final da manhã, as cotações deram uma guinada, com desaceleração forte, sem um fundamento que explicasse o movimento.

Durante a tarde, depois da Ptax formada, as oscilações das cotações diminuíram, mas o volume de negócios seguiu firme, segundo os operadores. Às 17h11, a clearing da BM&F registrava volume de US$ 1,6 bilhão.

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