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Dólar rompe R$ 2,00, mas encerra em R$ 1,987

Por Da Redação
14 Maio 2012, 17h43

Por Cristina Canas

São Paulo – O dólar inaugurou a semana testando a marca de R$ 2,00 e bateu máxima de R$ 2,001, só superada no dia 13 de julho de 2009, quando chegou a R$ 2,01. A pressão ocorreu em decorrência do nervosismo externo, renovado pelo fato de a Grécia não ter alcançado um acordo político durante o final de semana, nem haver avanços nesta segunda-feira. Agora, com aval de diversos pronunciamentos de autoridades europeias, que já veem a exclusão da Grécia da zona do euro como uma possibilidade, os mercados começam a embutir essa eventualidade nos preços dos diferentes ativos.

Por enquanto, as avaliações sobre os efeitos de uma ruptura na Grécia são díspares. Alguns investidores avaliam que a Grécia já devia ter voltado à sua moeda anterior, o dracma, e acreditam que, se isso ocorrer, será benéfico para que a região se concentre em “arrumar o restante da casa”. Outros temem que esse evento desencadeie um movimento de piora pelo restante dos países com problemas fiscais, incluindo Espanha e Itália, com consequências ainda difíceis de mensurar.

Hoje, as análises mais tranquilas prevaleceram no mercado doméstico de câmbio e o dólar não sustentou a marca de R$ 2,00 até o fechamento. No final do pregão, o dólar à vista valia a R$ 1,987 (+1,79%) no mercado de balcão e R$ 1,9903 (+2,01%) no pronto da BM&F. Às 17h12, o dólar futuro de junho, o mais líquido, valia R$ 1,996 (+1.06%), depois de ter registrado máxima de R$ 2,010.

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O clima azedo na Europa contou ainda com o fato de a produção industrial na zona do euro ter caído em março, o que confirma a previsão de que o bloco deve entrar em recessão. O recuo foi de 0,3% em bases mensais em março e de 2,2% em termos anuais. Economistas estimavam que a produção industrial apresentasse alta de 0,5% no mês e queda de 1,2% na comparação anual. A Eurostat também revisou sua estimativa para fevereiro, para alta de 0,8% na comparação mensal e queda de 1,5% na base anual, ante alta de 0,5% no mês e recuo de 1,8% no ano.

Além disso, pesou negativamente no desempenho dos mercados o fato de a premiê Angela Merkel ter sido derrotada em eleições regionais alemãs. Depois da guinada política na Grécia e na França, é mais um sinal de que a crise econômica do Velho Continente está atingindo fortemente o desenho político da região.

No sentido de sinalizar tranquilidade interna, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que a alta do dólar beneficia a economia brasileira e, por isso, não preocupa o governo. “O dólar alto beneficia a economia brasileira porque dá mais competitividade para os produtos brasileiros. Significa que a indústria brasileira pode competir melhor com os importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato. Portanto, não preocupa”, disse o ministro, ao chegar ao ministério em Brasília. Ao ser perguntado sobre o fato de o dólar estar bem acima de R$ 1,80, patamar que já foi considerado bom pelo governo, o ministro disse que o governo nunca estabeleceu “nenhum parâmetro para o dólar e nem vai estabelecer”. “O dólar é flutuante, portanto, vai flutuar de acordo com o mercado.”

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