O dólar voltou a ficar abaixo do patamar de 3,50 reais pela primeira vez em mais de três semanas após fechar em baixa de quase 1% nesta segunda-feira. Apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) demorará mais para elevar os juros justificaram o movimento. A moeda americana caiu 0,98%, a 3,49 reais, seu menor nível de fechamento desde 12 de maio.
Nesta segunda-feira, Janet Yellen, presidente do Fed, disse que aumentos dos juros provavelmente estão a caminho, mas deu poucas pistas sobre o momento dessas elevações. No último dia 27, Yellen havia afirmado que um aumento seria apropriado “nos próximos meses”. “(Yellen) está dizendo aos mercados: tomem seus calmantes, não exagerem”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
Economistas agora veem setembro ou possivelmente julho como o momento mais provável para um aperto de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros dos Estados Unidos. Nos mercados de juros futuros, a aposta nesta segunda era de que o movimento deve ocorrer mais para o fim do ano.
A manutenção de juros baixos nos EUA tende a fortalecer moedas de mercados emergentes, como o brasileiro. Juros baixos nos Estados Unidos estimulam a compra de ativos de maior risco.
O Ibovespa, principal índice da Bovespa, caiu 0,37% nesta segunda, a 50.431 pontos. Na máxima do dia, o indicador subiu 0,6% e, na mínima, recuou 1,03%.
Operadores da bolsa consideraram o movimento da sessão como uma realização de lucros, já que permanecem incertezas em relação ao impacto das últimas delações da operação Lava Jato sobre o governo interino de Michel Temer. Nos três pregões até sexta-feira, o Ibovespa havia acumulado ganho de mais de 4%.
(Com Reuters)