Dólar reage a medidas e sobe 1,58% na semana
Moeda americana encerra o pregão desta sexta-feira cotada a 1,733 real
O dólar fechou esta sexta-feira em alta ante o real, encerrando uma semana marcada por ações do governo brasileiro para conter a queda da moeda americana, com oito leilões de compra e duas medidas para controlar o fluxo especulativo.
O dólar à vista terminou na máxima do dia, com avanço de 1,23%, cotado a 1,7330 real no balcão. Na semana, a divisa dos Estados Unidos acumula ganho de 1,58% e, no mês, de 0,99%. No ano, contudo, tem desvalorização de 7,28% ante o real. Na BM&F, o dólar spot subiu 0,92%, e encerrou esta sexta-feira em 1,7271 real.
Depois de ter ampliado nesta quinta-feira de dois para até três anos a abrangência do IOF de 6% sobre emissões no mercado internacional, o governo limitou o prazo dos Pagamentos Antecipados, uma das modalidades de financiamento à exportação, a 360 dias. Em contratos com prazos maiores ou naqueles em que o crédito não seja concedido pelo importador da mercadoria, a operação será considerada um empréstimo externo comum e, assim, estará sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%, em prazos até três anos.
A alta do dólar ao longo da semana também foi impulsionada por indicadores ruins na Alemanha e Espanha e pela decisão dos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) de que a Grécia precisa concluir a troca de bônus de credores privados antes de receber uma nova ajuda.
Merkel falará com Dilma – Diante das críticas de Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, ao excesso de liquidez injetado na economia global pelos bancos centrais dos países desenvolvidos, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta que conversará com a presidente brasileira na próxima semana. Após o fim da cúpula da União Europeia, Merkel disse que compreende a preocupação de Dilma. “Por um lado, posso entender os questionamentos dela. É por isso que direi a ela que planejamos usar este momento” para buscar reformas. A líder alemão acrescentou que os europeus ‘certamente’ não implementarão medidas similares e que a liquidez será absorvida do mercado novamente.
(com Agência Estado)