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Dólar sobe e bolsa despenca com temor de nova ameaça nos EUA

Moeda americana, que abriu o dia em queda, chegando a bater 3,68 reais na mínima, inverteu trajetória com notícias sobre os pacotes suspeitos

Por Fabiana Futema Atualizado em 24 out 2018, 17h27 - Publicado em 24 out 2018, 16h00

O envio de pacotes com explosivos para autoridades americanas, como o ex-presidente Barack Obama e a ex-primeira-dama Hillary Clinton, alterou o humor do mercado nesta quarta-feira. O dólar, que abriu o dia em queda, chegando a bater 3,68 reais na mínima do dia, passou a subir assim que as primeiras notícias sobre os pacotes foram divulgadas.

A moeda americana encerrou a quarta-feira vendida a 3,75 reais, alta de 1,33% em relação ao pregão de terça. O Ibovespa, principal indicador da B3, a bolsa de valores paulista, também inverteu a trajetória de alta e despencou 2,62%, a 83.063 pontos.

Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae, diz que esse movimento reflete a reação do mercado à interceptação de pacotes suspeitos nos Estados Unidos. “As ameaças de bombas nos EUA trouxeram nervosismo aos mercados americanos e contaminaram os emergentes, como o Brasil.”

Segundo Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, episódios como esse dos pacotes com explosivos afetam a confiança na economia. “Há um impacto sobre as expectativas, reduzindo a confiança das pessoas. Quando isso ocorre, a aversão ao risco aumenta e os investidores buscam se proteger, comprando moedas mais fortes.”

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Cleber Alessie Machado Neto, operador da corretora H.Commcor, lembra que existe toda uma conjuntura internacional afetando o ânimo dos investidores. “Há incertezas com a economia chinesa, uma possível tensão entre EUA e Arábia Saudita, dúvidas sobre o comércio internacional, o orçamento da Itália. Soma-se a tudo isso a descoberta desses envelopes e o cenário se deteriora.”

Segundo ele, as preocupações com o cenário eleitoral não devem afetar o mercado, exceto se as pesquisas mostrarem que a vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) ficar inferior a dez pontos porcentuais. “Enquanto a diferença estiver no patamar de dez pontos, o mercado não vai se preocupar.”

Para Machado Neto, o dólar deve ficar na faixa entre 3,55 e 3,60 reais com a confirmação da vitória de Bolsonaro nas urnas. “A moeda tem ficado no patamar de 3,68, 3,70 reais. Estaria assim se não fossem as notícias internacionais.”

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