Dólar opera em alta e é vendido a R$ 4,14
Mercado aguarda pesquisa eleitoral Ibope que será divulgada na noite desta terça-feira
O dólar está oscilando nesta terça-feira com a expectativa da divulgação de nova pesquisa eleitoral Ibope à noite. Às 11h10, a moeda americana estava sendo negociada a 4,1470 reais, alta de 0,528% em relação ao dia anterior. Na mínima, chegou ao valor de 4,127 reais.
Ainda no cenário político, ganhou repercussão a acusação de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a possibilidade de fraude nas urnas. O procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, afirmou que não simpatiza com “teorias da conspiração” e que não há evidências para acusar fraude.
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, garantiu que as urnas são “totalmente confiáveis”. “Os sistemas são abertos para auditagem para todos os partidos políticos seis meses antes da eleição, também para o Ministério Público e para a OAB”, disse Toffoli.
A campanha de Bolsonaro continua descumprindo as promessas de que baixaria o tom. Nesta segunda-feira, o candidato a vice-presidente, militar da reserva General Mourão, afirmou que famílias “onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó” são “fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar” no narcotráfico.
Enquanto isso, no exterior, a atenção está voltada para o embate no comércio global. A China anunciou que entrou na OMC contra as tarifas dos Estados Unidos aplicados sobre 200 bilhões de reais em produtos chineses. O mercado reage sem estresse ao anúncio.
Ontem, o dólar encerrou o dia em 4,1252 reais, uma queda de 1% em relação ao pregão de sexta-feira. O movimento foi influenciado pela divulgação de novas pesquisas eleitorais e pelo resultado da prévia do PIB, fatores que surpreenderam positivamente o mercado.
Eleições
Na questão eleitoral, o analista da Spinelli Corretora, Álvaro Frasson, diz que o ânimo do mercado pode mudar se Ciro Gomes (PDT) ultrapassar Fernando Haddad (PT) no segundo lugar, disputando o resultado das eleições com Jair Bolsonaro (PSL).
No segundo turno, Bolsonaro só perderia a disputa para Ciro, que somou 37,8% contra 36,1% do presidenciável do PSL, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira. O capitão venceria Fernando Haddad (39% contra 35,7%).
Segundo Frasson, o mercado parece ter abandonado de vez a candidatura do então preferido Geraldo Alckmin (PSDB) e abraçado a de Bolsonaro.
(Com Estadão Conteúdo)