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Dólar opera abaixo de R$ 3,40 pela primeira vez em quase um ano

Queda é conduzida por aposta de que o Banco Central deve intervir menos no câmbio sob o comando do novo presidente, Ilan Goldfajn

Por Da Redação
8 jun 2016, 10h29

O dólar recuava cerca de 1,5% e ia abaixo de 3,40 reais pela primeira vez em quase um ano nesta quarta-feira, com operadores apostando que o Banco Central (BC) deve ser menos propenso a intervir no câmbio sob Ilan Goldfajn. Perto das 14h20, a moeda recuava 1,94%, a 3,3815 reais na venda. A divisa atingiu 3,3816 reais na mínima da sessão, o menor nível intradia desde 31 de julho de 2015 (3,3346 reais).

Ilan defendeu nesta terça-feira o “respeito ao regime de câmbio flutuante” em audiência no Senado e a declaração serviu de gatilho para o ajuste no mercado de câmbio. “Muita gente no mercado via um piso nos 3,50 reais e as declarações do Ilan contrariaram essa tese”, disse o operador da corretora Ativa Arlindo Sá. “Aí o real veio com tudo, embalado também pelo cenário externo positivo”.

Sá disse que há espaço para o dólar recuar ainda mais, mas preferiu não precisar patamares. Esse movimento depende, porém, de trégua no cenário político, em meio a escândalos que vêm alimentando preocupações com a capacidade do governo de bancar medidas de austeridade no Congresso Nacional.

Mesmo com o recuo recente da moeda dos EUA, o BC não voltou a atuar no mercado. É a sexta sessão consecutiva em que a autoridade monetária não intervém, sendo que não realiza leilão de swap reverso — equivalente a compra futura de dólares — desde 18 de maio.

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Quando o dólar ia abaixo de 3,50 reais, o BC costumava entrar no mercado e, assim, reduzir o estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Muitos interpretavam o movimento como uma tentativa de não prejudicar as exportações.

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Exterior – O cenário externo favorável também vem contribuindo para a queda do dólar. Nesta sessão, dados fortes sobre as importações da China favoreciam o desempenho de ativos ligados a commodities, como moedas emergentes, somando-se ao avanço dos preços do petróleo.

Além disso, vêm enfraquecendo as apostas em alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo, após dados fracos sobre o mercado de trabalho americano e declarações da presidente do banco central dos EUA, Janet Yellen. Juros mais baixos nos EUA tendem a favorecer ativos emergentes, que oferecem retornos elevados.

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(Com Reuters)

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