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Dólar fecha março com maior queda mensal em 13 anos

Moeda americana acumulou queda de 10,17% no mês, maior tombo desde abril de 2003; apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff têm guiado a cotação

Por Da Redação
31 mar 2016, 17h22

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, abaixo de 3,60 reais, e marcou seu maior recuo mensal em treze anos. A cotação tem sido movida por crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff e em meio à nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio, fatores que devem continuar ditando a direção do dólar daqui para a frente.

A moeda americana acumulou queda de 10,17% em março, maior tombo desde abril de 2003, quando recuou mais de 13%. No primeiro trimestre, a baixa ficou em 8,91%. Nesta quarta, o dólar recuou 0,68%, a 3,59 reais, após o BC novamente vender uma fatia pequena dos swaps cambiais reversos ofertados em leilão.

“Os próximos dois meses serão fatídicos para o desempenho do dólar, com as votações do impeachment. Além disso, (o movimento do câmbio) depende de como o BC vai reagir. São duas incógnitas muito importantes”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. Ele referiu-se às votações do pedido de afastamento da presidente, que podem acontecer nas próximas semanas na comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, no plenário da Casa e no Senado.

Muitos operadores apostam que eventual troca de governo poderia ajudar a resgatar a confiança no país, mas alguns ponderam que a instabilidade política tende a trazer volatilidade no curto prazo. Segundo economistas consultados em pesquisa da agência Reuters em meados de março, o dólar pode cair a 3,50 reais se Dilma deixar a Presidência ou, caso contrário, disparar até 4,25 reais.

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Nesta sessão, o foco recaiu sobre os esforços do governo para se defender. Em sessão da comissão do impeachment, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu a tese de que o governo não violou a lei orçamentária e que, portanto, não há crime de responsabilidade que justifique o pedido de impedimento da presidente.

O BC reagiu ao alívio recente do dólar voltando a atuar por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem à compra futura de dólares, ferramenta que não utilizava havia três anos. No entanto, a decisão de vender menos de metade da oferta nos leilões das últimas duas sessões aumentou as dúvidas nas mesas de operação e contribuiu para trazer as cotações para baixo.

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(Com Reuters)

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