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Dólar fecha em alta pelo quarto dia seguido

Com o avanço de 1%, moeda terminou o dia negociada por 3,94 reais, sua maior cotação desde o dia 1º de outubro

Por Da Redação
21 out 2015, 16h38

O dólar permaneceu em alta durante toda esta quarta-feira, influenciado pelo cenário externo e também pela discussão em torno da meta fiscal. A moeda americana encerrou o dia em alta de 1%, negociada por R$ 3,94, seu maior nível desde 1º de outubro. Foi a quarta alta seguida.

O debate em torno da meta fiscal norteou os negócios nesta sessão. A junta orçamentária reuniu-se nesta tarde para decidir qual será a nova meta deste ano, já que as receitas previstas não serão atingidas. Além disso, o governo tem a incumbência imposta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de zerar a conta das chamadas “pedaladas fiscais”, algo em torno de 40 bilhões de reais. Com tudo isso, os cálculos que circulam no mercado são de que o déficit fiscal poderia atingir algo em torno de 70 bilhões de reais neste ano.

A leitura no mercado cambial é de que se o governo revisar a meta fiscal deste ano e projetar forte déficit, crescem os riscos de o Brasil perder o selo de bom pagador de mais uma agência de classificação de risco – a Standard & Poor’s foi a primeira a retirá-lo. A eventual mudança de meta para 2016 também é tema delicado no mercado. O governo pretende manter a previsão de superávit de 0,7% do PIB, número que considera a CPMF. Nesta tarde, no entanto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou que o Brasil não vai ter “Natal com CPMF”.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer parcelar a fatura das pedaladas. O temor é de que o pagamento à vista antecipe o rebaixamento do rating brasileiro. Mas os auditores do TCU e alguns ministros da Corte dizem ser impossível o parcelamento, e a decisão final pode ser a de que a conta terá que ser paga de uma só vez. Governo e TCU, agora, negociam o que deverá ser feito. E tudo deve ser definido até sexta-feira, que é quando o governo espera ter definida a nova meta.

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No exterior, dados mostrando a desaceleração das exportações do Japão voltaram a colocar no foco as preocupações com a China, um dos principais importadores de produtos japoneses. Isso penalizou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real.

Os dados do fluxo cambial não chegaram a influenciar as cotações. Segundo o Banco Central, o fluxo cambial em outubro até o dia 16 ficou negativo em 1,356 bilhão de dólares. Apenas na semana de 13 a 16 de outubro, o resultado foi positivo em 263 milhões de dólares.

Leia mais:

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(Com Estadão Conteúdo)

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