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Dólar fecha em alta após Congresso adiar análise de vetos

Após cair pela manhã, moeda americana encerrou o dia negociada a 3,87 reais, com avanço de 0,89%

Por Da Redação
7 out 2015, 17h59

Após três sessões seguidas de queda, o dólar fechou em alta de quase 1% nesta quarta-feira, com investidores voltando a buscar proteção devido às preocupações com o crise política. O nervosismo do mercado aumentou durante a tarde, lodo depois de o Congresso Nacional decidir novamente adiar a votação de vetos presidenciais a itens da chamada ‘pauta bomba’ e antes do julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O dólar avançou 0,89%, a 3,87 reais. O dia, no entanto, foi de sobe e desce, com a moeda chegando a 3,78 reais na mínima, menor patamar de meio de sessão desde 9 de setembro, e a 3,89 reais na máxima. Nas três sessões anteriores, a moeda americana havia acumulado queda de 4,15%.

“Quem tinha vendido (dólares) nos últimos dias está comprando hoje. Ninguém quer pagar para ver se os problemas políticos vão se resolver”, disse o operador de uma corretora nacional.

Pelo segundo dia seguido, não houve quórum de deputados e o Congresso Nacional adiou a sessão em que analisaria os vetos presidenciais a medidas que aumentam os gastos públicos. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia afirmado mais cedo que, caso a sessão conjunta entre senadores e deputados fosse novamente cancelada por falta de quórum, caberia ao Executivo articular melhor sua base.

Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux decidiu manter o julgamento das contas públicas do governo federal de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), marcado para esta quarta-feira, após o governo pedir o afastamento do ministro Augusto Nardes da relatoria do caso. O julgamento pode abrir espaço para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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“Há muito ruído político, e o mercado tem dificuldade para operar quando falta clareza”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Com isso, o real se descolou da tendência de outros mercados emergentes, nos quais o dólar recuava. Nos últimos dias, uma rodada de indicadores econômicos fracos sobre os Estados Unidos alimentou as apostas de que o Federal Reserve (banco central americano), pode esperar mais antes de dar início ao aperto monetário, o que aconteceria só em 2016. A manutenção de juros perto de zero na maior economia do mundo pode sustentar a atratividade de investimentos em países como o Brasil, que pagam juros elevados.

O Banco Central brasileiro também deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 2,558 bilhões de dólares, ou cerca de 25% do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de dólares.

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(Com agência Reuters)

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