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Dólar fecha a R$ 1,9070, a maior cotação desde julho de 2009

Alta nesta segunda-feira totalizou 1,08%; em abril, a valorização da moeda americana somou 4,42%, impulsionada por operações do BC

Por Da Redação
30 abr 2012, 18h01

O dólar encerrou abril com uma valorização de 4,42% ante o real, atingindo sua maior cotação desde 2009 e voltando ao patamar de 1,90 real pela primeira vez desde setembro. Segundo operadores, o movimento foi puxado, sobretudo, pela intensa atuação do Banco Central no mercado cambial, que chegou a realizar dois leilões de compra de dólares em algumas sessões do mês. Com os ganhos, a moeda americana acumula apreciação de 2,06% no ano, revertendo a queda vista até março.

Só nesta segunda-feira, o dólar teve valorização de 1,08%, para 1,9070 real, a maior cotação desde 21 de julho de 2009, quando fechou em 1,9080 na venda. Segundo operadores, o cenário externo mais negativo pesou nesta sessão.

O dólar não atingia o nível de 1,90 real desde 22 de setembro do ano passado, quando fechou a exatamente 1,9000 real na venda. Em março, a moeda americana já havia acumulado valorização de 6,17%, mas, em fevereiro e janeiro, o movimento havia sido contrário, com quedas de 1,55% e de 6,50%, respectivamente.

“O movimento do mês foi marcado pela intervenção do Banco Central. A moeda teve essa dinâmica porque o mercado sabe que o governo vai atuar”, disse o economista-sênior do BES Investimentos, Flávio Serrano. Para ele, sem a atuação do BC e as ameaças do governo, que continuou a afirmar que poderia tomar medidas em relação ao câmbio, o dólar poderia estar entre 1,70 real e 1,75 real.

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Entre os dias 12 e 18, o BC chegou a fazer dois leilões de compra de dólares no mercado à vista por sessão, muitas vezes com a moeda já em alta – apenas em 19 de abril, quando a moeda chegou muito próxima do patamar de 1,90 real, o BC optou por não atuar no mercado.

Na sexta-feira, o BC voltou a fazer leilão de compra de dólares no mercado à vista. Nesta segunda-feira, com a moeda já em alta e o mercado esvaziado pela véspera do feriado do Dia do Trabalho, acabou não atuando.

O operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovídio Soares não descarta que o dólar possa continuar acima de 1,90 real se o cenário externo continuar negativo. No entanto, avalia ele, o BC pode não desejar esse cenário, já que, nesse patamar, acredita que o câmbio traz um impacto inflacionário.

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“Se a moeda subisse mais, ele poderia até fazer um leilão de venda de dólares, em vez de compra. Mas acho difícil, já que teria que fazer isso em um dia em que o dólar estivesse muito estressado. Senão, deixaria claro para o mercado que o patamar que ele quer é próximo a 1,90”, disse o operador.

Fonte da equipe econômica afirmou na semana passada que o governo via uma “janela de oportunidade” para levar o dólar a um outro patamar, trazendo-o mais próximo a 1,90 real, aproveitando o cenário externo mais delicado, sem colocar em risco a inflação no país.

Para o operador, o cenário externo também ajudou a puxar a cotação do dólar para cima, já que preocupações com a desaceleração da economia chinesa e com Europa voltaram à tona.

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(com Reuters)

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