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Dólar cai para R$ 3,80 após intervenção mais firme do BC

Na véspera, moeda fechou a R$ 3,92, maior patamar desde março de 2016

Por Thaís Augusto Atualizado em 8 jun 2018, 14h38 - Publicado em 8 jun 2018, 11h39

O dólar abriu em queda de 3,47% nesta sexta-feira 8, após o Banco Central (BC) anunciar intervenção extra para controlar a volatilidade da moeda. Às 11h20, o dólar estava cotado a 3,80 reais – no dia anterior, a moeda americana fechou em 3,92 reais, o maior patamar desde 1º de março de 2016.

“O Banco Central demonstrou que tem força, mas havia decidido agir de forma tranquila”, afirmou o economista Daniel Andrew Charles, da Renascença Corretora. “O mercado cambial estava especulando que o BC teria que mexer nos juros. Ontem, os boatos eram de que seria convocada uma reunião extraordinária para anunciar a alta dos juros”, complementou.

Na quinta-feira, o BC convocou uma entrevista, mas para rechaçar o uso da taxa de juros para controlar o câmbio. “A política monetária é separada da política cambial, não há relação mecânica entre as duas. A política monetária olha para projeções, expectativas de inflação e balanço de riscos e não será usada para controlar taxa de câmbio”, disse o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

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“A decisão do Banco Central adotada ontem foi fundamental. Eles mostraram que têm condições para segurar a alta do dólar”, afirmou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

Ainda segundo ele, sem a decisão do BC, a tendência era de que a moeda americana continuasse em alta.

Durante a entrevista, Goldfajn também afirmou que vai continuar a oferecer contratos de swap para controlar o dólar. Ao longo da próxima semana, serão oferecidos 24,5 bilhões de dólares nos leilões, equivalentes à venda futura de dólares.

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“A medida de fornecer swap e aumentar a oferta diária mostrou que o BC tem munição mais do que suficiente”, disse Rosa. “Vários fatores criaram o ambiente que estamos vivendo hoje. O humor lá fora em relação aos países emergentes causa uma aversão ao risco, o investidor olha para o Brasil e quer reduzir sua exposição ao país”, afirmou o economista da SulAmérica.

Charles destaca as eleições presidenciais para explicar a volatilidade do dólar. “Recentemente, todo cenário eleitoral está bem negativo. Com a pesquisa eleitoral do Poder360 que trouxe Bolsonaro liderando e Geraldo Alckmin bem fraco é ruim para o mercado. Não temos uma boa perspectiva, acreditamos que o Alckmin não tem força para emplacar, e ele é o candidato mais apoiado pelo mercado”.

Segundo Rosa, se o dólar voltar a disparar, o BC usará mecanismos para controlar a moeda. Para quem vai viajar, a dica é comprar aos poucos. “Não espere que o dólar volte ao patamar de antes, de 3,50 reais. Vale a pena comprar agora porque qualquer evento externo, como um agravamento de Estados Unidos e China, ou uma pesquisa eleitoral que mostre um candidato não pró-mercado na liderança, trará uma nova pressão”.

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Para Charles, a tendência da moeda ainda é de alta. “O cenário para o câmbio só vai melhorar depois das eleições e depende de quem for eleito presidente”.

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