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Dólar alto pode levar aéreas a cortar mais voos

A medida seria uma tentativa de retomar a rentabilidade em um cenário marcado por uma demanda fraca

Por Da Redação
19 jun 2013, 18h16

A recente disparada do dólar pode levar as companhias aéreas brasileiras a fazerem novas reduções quanto à oferta de voos, segundo o diretor de segurança e operação de voos da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins. A valorização do dólar afeta negativamente o resultado das empresas, que têm cerca de 60% do seu custo atrelado à moeda norte-americana, como querosene de aviação, leasing e manutenção de aeronaves.

A divisa dos Estados Unidos subiu aproximadamente 7% apenas no último mês, saltando de 2,03 reais para 2,17, na cotação de terça-feira. A mudança cambial ocorre em um momento em que as companhias aéreas começam a se recuperar de prejuízos registrados no ano passado. �Quando as empresas começaram a se recuperar, o dólar sofreu alta. Se o câmbio permanecer neste patamar, o cenário que se cria é de grave deterioração (quanto ao resultado das empresas)�, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Depois de cortar em 7,39% a oferta de passagens aéreas nacionais em 2012, o mercado volta a crescer aos poucos. A oferta nacional subiu 1,7% em maio sobre igual período de 2012, segundo dados apresentados pela Abear.

O corte da oferta é uma estratégia das empresas para tentar retomar a rentabilidade em um cenário de demanda fraca. Com a economia desaquecida, elas têm dificuldade de repassar o aumento de custos ao consumidor e optam por reduzir os voos deficitários.

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Estimativas da Abear apontam que a cada 10% de repasse de preço, a demanda por voos cai 14%. �Se o câmbio se mantiver, o quadro que se apresenta é de redução da oferta. Essa é uma solução tomada por empresas do mundo inteiro nessas circunstâncias�, disse Jenkins. Os representantes da Abear evitaram projetar o impacto da mudança cambial no preço das passagens. Procuradas, Azul e Gol não comentaram.

O vice-presidente de finanças e controladoria da TAM, Daniel Levy, disse que a alta do dólar é �mais um desafio para uma indústria que trabalha com margens muito estreitas�. A TAM já prevê para este ano uma redução entre 5% e 7% na sua oferta no mercado nacional.

A empresa, no entanto, disse que ainda não avaliou o impacto da mudança cambial nos preços. �Ainda estamos avaliando a longo prazo os efeitos desta recente variação cambial�, disse Levy. Ele ressalta que a demanda por passagens aéreas é �elástica�, ou seja, sensível a preços, o que impõe uma necessidade de elevar a lucratividade com voos mais cheios.

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(com Estadão Conteúdo)

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