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Dólar à vista abre em alta com incertezas externas

Por Da Redação
11 Maio 2012, 11h21

Por Silvana Rocha

São Paulo – O avanço do contrato futuro de dólar para junho/12 na BM&F desde o começo da sessão puxou o preço à vista para o lado positivo na abertura e que se mantém até o momento, embora ainda com volume de negócios bastante reduzido.

O ajuste de alta das cotações locais do dólar ocorre em meio à volatilidade da moeda norte-americana no exterior e as quedas acentuadas dos índices acionários na Europa, que também contaminam os índices futuros de ações em Nova York e a Bovespa. Além do mal-estar com perdas bilionárias anunciadas pelo JPMorgan, notícias desanimadores sobre a atividade econômica na China, Índia e Brasil e incertezas políticas na Grécia minam o humor dos investidores nesta sexta-feira. Como esses eventos e dados terão desdobramentos, os mercados estão na defensiva, disse um operador de um banco.

No mercado futuro local, o dólar para junho de 2012 abriu a R$ 1,9650, com ligeira alta de 0,15%, e, em seguida, passou a oscilar mas sem perder o sinal positivo até o momento. Às 10h25, esse vencimento da moeda, que é o mais líquido, projetava ganho de 0,33%, a R$ 1,9685, após oscilar entre R$ 1,9625 (+0,03%) e R$ 1,9735 (+0,59%).

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Lá fora, as moedas oscilam entre margens estreitas. Às 10h27, o euro estava em US$ 1,2923, depois de ter subido mais cedo até US$ 1,2958 e ter fechado ontem em US$ 1,2934. Já o dólar subia 0,37% ante o dólar australiano, recuava 0,47% em relação ao dólar canadense e subia 0,13% em relação ao dólar neozelandês.

Pelo sinal negativo já mostrado pelos índices futuros de ações dos EUA, o dia poderá não ser dos mais fáceis para os investidores. O JPMorgan anunciou erros em transações que custarão ao banco perdas de US$ 2 bilhões no segundo trimestre. A revelação gera temores de que outras instituições financeiras do país também possam estar tendo o mesmo problema.

Na Europa, o setor bancário também não dá trégua. O governo da Espanha informou hoje que vai contratar duas consultorias independentes para revisar as carteiras de empréstimos dos bancos locais e forçar as instituições a separar mais fundos para cobrir possíveis perdas. O governo espanhol disse que as provisões para perdas com ativos imobiliários devem subir para 123 bilhões de euros, e terão de ser levantadas até o fim do ano. A administração disse que ainda que a reforma do setor bancário não vai usar fundos públicos. Mas as instituições poderão receber novos recursos do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (Frob). Essa ajuda pode ser em forma de ações ou de bônus conversíveis em ações. E os bancos terão de pagar juros de 10% sobre esse auxílio. Além disso, os bancos serão obrigados a criar novos veículos para segregar os ativos imobiliários.

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Na Grécia, a perspectiva de convocação de novas eleições para junho não dissipa o risco de saída do país da zona do euro.

Já na China, a expectativa de desaperto monetário cresceu após os aumentos abaixo do esperado da produção industrial e das vendas no varejo juntamente com a queda maior que a esperada da inflação no atacado no país. Após o anúncio ontem de que as importações do país subiram apenas 0,3% em abril ante igual mês do ano passado – bem abaixo dos +10% esperados e dos +5,3% em março -, hoje saíram quatro novos índices, que reafirmam a percepção de perda de ritmo da atividade chinesa.

A produção industrial na China subiu 9,3% em abril em relação a abril do ano passado, diminuindo acentuadamente ante o avanço de 11,9% de março/março2011 e da mediana de ganho de 12,2% esperada pelos economistas. As vendas no varejo do país cresceram 14,1% em abril/abril2011, menos do que os 15,2% de crescimento assinalados em março/março2011. A inflação ao consumidor (CPI) subiu 3,4% em abril/abril2011, abaixo do acréscimo de 3,6% em março/março2011 e em linha com a previsão de avanço médio de 3,4% previsto pelos analistas. Contudo, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 0,7% em abril/abril2011, depois de ter recuado 0,3% em março e ante projeções dos analistas de declínio de 0,5%.

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