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Dívida pública federal cresce 0,98% puxada por volatilidade

Em agosto, o dólar acumulou alta de 8,46% – a maior desde setembro de 2015 –, embalado por incertezas ligadas à corrida presidencial

Por Agência Brasil
Atualizado em 24 set 2018, 15h22 - Publicado em 24 set 2018, 12h34

A dívida pública federal, que inclui o endividamento interno e externo do Brasil, teve aumento de 0,98%, passando de 3,748 trilhões de reais em julho para 3,785 trilhões de reais em agosto, segundo dados divulgados hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional.

O crescimento da dívida ocorreu por conta da apropriação positiva de juros, no valor de 42,71 bilhões de reais, descontado parcialmente pelo resgate líquido de títulos, que somam 5,88 bilhões de reais.

Por meio da dívida pública, o governo pega recursos emprestados dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Vital, as operações do mês de agosto foram marcadas pela volatilidade, tanto no cenário externo em relação aos emergentes, causado pelas crises da Argentina e Turquia, quanto no mercado doméstico, por causa do cenário eleitoral.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna – em circulação no mercado nacional, que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque ampliado em 0,65%, ao passar de 3,607 trilhões de reais para 3,630 trilhões de reais, devido a apropriação positiva de juros, no valor de 28,92 bilhões de reais, compensada, em parte, pelo resgate líquido de 5,56 bilhões de reais. A apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida, conforme o indexador de cada papel.

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O estoque da Dívida Pública Federal externa, captada do mercado internacional, também teve aumento de 9,53% sobre o estoque apurado em julho, encerrando agosto em 154,75 bilhões de reais (37,42 bilhões de dólares), sendo 140,29 bilhões de reais (33,93 bilhões de dólares) referentes à dívida mobiliária e 14,46 bilhões de reais (3,50 bilhões de dólares), à dívida contratual.

Detentores da dívida

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.

Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

Em agosto, os maiores detentores da dívida pública eram os Fundos de Investimento, com 26,28% da dívida, alcançando 954,30 bilhões de reais.

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O grupo Previdência ficou em segundo lugar, com uma participação relativa de 25,11% e variação positiva em seu estoque, passando de R$ 886,60 bilhões para 911,87 bilhões de reais, entre julho e agosto.

Em seguida, estão as instituições financeiras com 22,88%, grupo que também aumentou o estoque em 19,81 bilhões de reais, chegando a 830,82 bilhões de reais. Já o governo possui 4,07% da dívida pública; as seguradoras, 3,94%; e outros, 5,79%.

Os investidores estrangeiros, por sua vez, apresentaram queda de R$ 20,62 bilhões em seu estoque e concentraram 11,92% da dívida. De acordo com Vital, as condições de volatilidade do mercado e a aversão ao risco estimulam o fluxo de saída de investidores não residentes no país.

Segundo o Tesouro, a maior participação desse grupo na detenção do estoque da dívida foi em dezembro de 2015, com 18,8%.

 

 

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