Dívida mobiliária interna ultrapassa 1,5 trilhão de reais
Parte das novas emissões, de 5,8 bilhões reais, diz respeito à última parcela de empréstimo da União ao BNDES
A participação de estrangeiros na composição total da dívida mobiliária atingiu 8,95% em maio, o maior porcentual da série histórica
A dívida pública mobiliária federal interna cresceu 1,79% em maio, para R$ 1,520 trilhão, mostraram números do Tesouro Nacional nesta quinta-feira. A elevação refletiu uma emissão líquida no valor de R$ 11,63 bilhões e a apropriação positiva de juros, no valor de R$ 15,02 bilhões.
Parte das novas emissões, R$ 5,8 bilhões, diz respeito à última parcela de empréstimo da União ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor total do financiamento, anunciado pelo governo em abril para elevar a oferta de crédito de longo prazo na economia, foi de R$ 80 bilhões.
No mês passado, a parcela da dívida pré-fixada, considerada de melhor gerenciamento, subiu a 33,65% do total, ante 32,93% em abril. A parcela dos papéis atrelados à taxa Selic ficou praticamente estável no período, tendo oscilado para 35,70% do total, ante patamar anterior de 35,95%. Os títulos corrigidos por índices de preços caíram de 28,93% do total, ante 29,41%.
Participação estrangeira – O coordenador geral de operações da dívida pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, afirmou hoje que a participação de estrangeiros na composição total da dívida mobiliária atingiu 8,95% em maio, o maior porcentual da série histórica.
A participação dos estrangeiros em abril teve uma pequena redução, passando para 8,63%, em razão do aumento do estoque total da dívida provocado pela emissão de títulos no valor de R$ 74 bilhões, para serem transferidos ao BNDES. Garrido informou que, em valores absolutos, os estrangeiros detêm R$ 133,4 bilhões em títulos brasileiros.
(Com Agência Estado e Reuters)