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DIs sobem e contrato janeiro de 2013 abandona um dígito

Por Da Redação
22 nov 2011, 15h42

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – O comportamento atípico do mercado de juros futuros teve prosseguimento nesta terça-feira, quando o cenário externo voltou a piorar, mas as taxas tiveram acúmulo de prêmios. Uma das explicações encontradas por operadores para esse movimento é a possível saída de estrangeiros do mercado local, justamente devido à aversão ao risco e às quedas dos ativos no exterior. Há quem acredite, também, que alguns players podem estar especulando com o IPCA-15, que será conhecido amanhã. De qualquer forma, o ajuste positivo, repetido nos dois pregões desta semana, ainda não alterou a precificação para a Selic na curva a termo, que segue indicando o juro básico em 11% no fim deste ano e em 10% ao término de 2012, ainda que o DI janeiro de 2013 tenha abandonado, momentaneamente, o patamar de um dígito.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (63.275 contratos) estava em 10,975%, de 10,98% na véspera. O DI janeiro de 2013, com giro de 153.650 contratos, indicava 10,01%, de 9,98% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (99.565 contratos) avançava para a máxima de 10,29%, ante 10,22%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (18.790 contratos) marcava máxima de 10,87%, de 10,82% ontem, e o DI janeiro de 2021 subia a 10,94%, de 10,90% no ajuste.

Uma fonte ponderou que, além da possível saída de estrangeiros, há também o IPCA-15 de novembro. “Um ou outro investidor pode estar apostando em alguma surpresa, seja a aceleração do índice cheio ou dos núcleos”, afirmou. Além disso, o IPCA no monitor diário elaborado pela FGV, no critério ponta, ficou estável em 0,66% ontem, mas os preços de alimentos e bebidas aceleraram a alta de 1,08% no dia 20 para 1,22% no dia 21, segundo a sondagem divulgada hoje.

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Por outro lado, o único indicador de preços conhecido hoje foi positivo para o quadro inflacionário. A segunda prévia do IGP-M de novembro, com alta de 0,40%, veio no piso das expectativas coletadas pelo AE Projeções e abaixo do 0,50% de igual período de outubro.

No exterior, a revisão do PIB norte-americano para 2% no terceiro trimestre, ante a leitura inicial de 2,5% e as projeções de que o produto ficaria em 2,3%, tiraram um pouco do ânimo dos investidores com alguns indicadores positivos recentes dos EUA. Além disso, o fracasso do Comitê Bipartidário do Congresso dos EUA em apresentar um plano para reduzir o déficit do país em pelo menos US$ 1,2 trilhão, nos próximos 10 anos, adicionou estresse aos negócios.

Na Europa, também não há sinais de melhora. O custo do seguro da dívida de França, Alemanha, Bélgica e Espanha atingiu patamares recordes hoje. A elevação dos custos de empréstimos pressiona a Espanha, que teve de pagar os mais altos yields da era do euro para vender títulos de curto prazo do Tesouro, em leilão nesta terça-feira.

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