Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Diretor de Política Monetária do BC deixa o cargo após entrevista polêmica

Por Da Redação
16 nov 2009, 19h42

O Banco Central confirmou na noite desta segunda-feira que seu diretor de Política Monetária, Mário Torós, deixou o cargo. Segundo nota divulgada, ele saiu da instituição “a pedido” e “por motivos pessoais”. A intenção de deixar o banco já havia sido declarada internamente há alguns meses e sua saída foi acelerada nos últimos dias após entrevista publicada na sexta-feira, 13, pelo jornal Valor Econômico. Quem deve assumir o posto é Aldo Luiz Mendes, que era vice-presidente do Banco do Brasil. Sua indicação será agora enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O desejo de Torós de sair da instituição, dizem fontes, surgiu principalmente após os sinais de que o presidente da autoridade monetária, Henrique Meirelles, pode deixar o cargo até março de 2010 para, eventualmente, disputar as eleições.

A saída de Torós acontece poucos dias após a publicação de uma polêmica entrevista concedida ao jornal Valor. Ele informou que, no auge da tensão causada pela crise, o Brasil viveu uma corrida bancária e, em poucos dias, 40 bilhões de reais migraram dos pequenos e médios bancos para as grandes instituições. Também disse que o Banco do Brasil soube por um diretor do BC que o Banco Votorantim estava com a saúde financeira fragilizada.

Normalmente avesso à imprensa e cauteloso com as palavras, Torós detalhou ao jornal a reação do governo brasileiro à crise e divulgou dados que eram guardados a sete chaves. As declarações causaram surpresa no BC porque o diretor é discreto e não tem declarações polêmicas no histórico. Houve também desconforto porque o diretor teria divulgado fatos que não poderiam ser levados ao público, como a troca de emails com o presidente da instituição, Henrique Meirelles.

Continua após a publicidade

No mercado financeiro, ficou a percepção que o diretor usou a entrevista como um “balanço” de sua gestão e como forma de mostrar sua importância no processo de enfrentamento da crise. Para pessoas de dentro do BC, “vender” essa imagem é importante em um momento de busca por uma posição para retornar à iniciativa privada.

Em Brasília, há expectativa de que a saída de Torós pode ser a primeira de uma série. Além do próprio presidente Meirelles que pode deixar o cargo em março para disputar as eleições do próximo ano, os diretores de política econômica, Mário Mesquita, e de liquidações, Gustavo do Vale, também teriam intenção de deixar o BC brevemente.

(Com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.