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Dilma cita Piketty para dizer que o Brasil diminui desigualdade

Apesar de esta ser a segunda vez em uma semana que a presidente menciona o autor, o Brasil não foi objeto de estudo do francês para produção da obra 'O Capital no Século XXI' devido a dificuldades de acesso a dados da Receita Federal

Por Da Redação
5 jun 2014, 21h55

A presidente Dilma Rousseff voltou a citar o economista francês Thomas Piketty, autor do best-seller O Capital no Século XXI, para dizer que o país é exceção no mundo por ter diminuído a desigualdade entre ricos e pobres.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Dilma citou o economista durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, na manhã de quinta-feira. A presidente disse que o livro mostra que houve uma “absurda concentração” de renda a partir da década de 1970, mas tal fato não aconteceu no Brasil. “Somos um país que reduziu a desigualdade. Temos essa vantagem na contracorrente do mundo”, disse a presidente.

Apesar da ênfase dada pela presidente à obra, o país não foi analisado pelo autor para escrever o livro. Em entrevistas recentes, Piketty disse que o Brasil não foi estudado para compor a sua obra por conta de dificuldade de acesso aos dados da Receita Federal.

Rodrigo Constantino: Livro de Piketty estaria repleto de erros estatísticos, diz Financial Times

Dilma já havia citado o estudo de Piketty, cujo trabalho vem sendo amplamente debatido por especialistas e também nos meios de comunicação, em entrevista concedida ao jornal New York Times, na terça-feira. “Acho que ele (Piketty) fez um trabalho fantástico”, afirmou ao NYT. A presidente disse que no Brasil ocorreu a melhora da distribuição de renda, enquanto que nos EUA e em partes da Europa a situação se deteriorou.

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Dilma ressaltou ao Times que, com a melhora da distribuição de renda no Brasil, surgiram outras demandas e desafios para as pessoas. Ela citou, por exemplo, o crescimento das viagens aéreas, embora os aeroportos necessitem de novos investimentos. Por isso, ela diz entender a insatisfação dos brasileiros ao protestar contra serviços de má qualidade. “Os serviços cresceram menos que a renda”, disse ela.

O livro de Piketty sugere que a grande contradição do sistema econômico capitalista é quando a taxa de retorno do capital excede a taxa de crescimento da economia, favorecendo a concentração de renda no longo prazo. Embora tenha recebido apoio de notórios economistas, como o vencedor do Prêmio Nobel Paul Krugman, a obra vem sendo contestada por alguns especialistas. Recentemente, o jornal econômico britânico Financial Times publicou um texto apontado erros na obra de Piketty.

Como antecipou a coluna Radar on-line, do site de VEJA, a editora Intrinseca comprou os direitos do livro de Piketty, que está sendo traduzido para o português e tem previsão de lançamento em novembro no Brasil.

(com Estadão Conteúdo)

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