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Dicas de quem chegou lá para conseguir uma vaga de trainee

Trainee e ex-trainees da Ambev, Whirpool e Cremer dão dicas e contam os maiores desafios durante a seleção

Por Thaís Augusto 26 ago 2017, 22h01

Disputar uma vaga de trainee com mais de mil candidatos não é fácil. Mas não é impossível. A reportagem de VEJA conversou com quem conseguiu uma dessas vagas desejadíssimas para descobrir como chegar lá.

“Acho que a primeira dica é ser você mesmo, não ter vergonha de quem você é. Tem gente de todo tipo que consome nosso produto, então faça as coisas com mais naturalidade possível. Mas é preciso se preparar, dar importância para cada etapa “, afirmou o trainee da Ambev, Vinícius Viana, 24.

Vinícius Viana - Ambev
Vinícius Viana (Ambev/Divulgação)

O rapaz começa a trabalhar na empresa em janeiro de 2018. Uma das etapas que ele considera importante é a dinâmica em grupo. “Não acho que se destaca quem fala mais, o que é ‘líder de torcida’ e sim quem escuta os outros, pontua na hora certa. Fui eu mesmo, eles avaliam quem sabe trabalhar em grupo e como a pessoa lida com outras”.

Para ele, encarar as maiores lideranças da empresa foi o momento mais intenso do processo. “Preparei-me para contar minha história pessoal em dois minutos. Na hora pode dar um branco, mas o mais importante é ser autêntico. Você vê claramente quem está com o script pronto. Uma menina teve um branco mas foi autêntica, falou de coração e conseguiu passar”.

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Para conseguir a vaga, ele também entrou em contato com amigos que participaram do processo seletivo em anos anteriores. Acompanhar blogs sobre programas de trainee foi outra estratégia utilizada.

Quando foi selecionado para o trainee da Whirpool, em 2014, Gustavo Acipreste, 27, participava de oito processos. “A decisão pela Whirlpool aconteceu principalmente por ter me identificado com a cultura da empresa. No primeiro contato presencial senti que o clima é gostoso e diferente. Em alguns processos você tem muita pressão, aqui eu me senti bem”.

Gustavo Acipreste - Whirpool
Gustavo Acipreste (Whirpool/Divulgação)

Em apenas dois anos, ele passou de trainee a chefe de planejamento industrial da unidade de Rio Claro. Hoje ele é responsável pela análise de custos e priorização de projetos de produtividade.

“Depois que o trainee entra, fica perdido, tem que começar do zero. A questão é ter proatividade e pedir ajuda ao gestor para formar uma rede de networking, esse patrocínio inicial é importante”, conta ele.

Na época em que fez a inscrição, eram 2000 candidatos por vaga. “Pesquisei na internet tudo o que precisava sobre a empresa, como se posicionava no mercado, se estava na Bolsa de Valores, tudo para ter um visão completa. Também conversei no LinkedIn com pessoas que passaram pela empresa para saber sobre a cultura e o ambiente de trabalho”.

Outra dica para melhorar suas chances no processo seletivo é demonstrar autoconfiança. “Não tinha certeza de que ia passar mas sabia que tinha condições. Se você entra em um processo tão concorrido achando que não vai entrar, você já começa perdendo”.

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Para Acipreste, a dinâmica em grupo e o painel foram as fases mais complexas. “Nessas fases as pessoas tentam aparecer demais. E dentro de um grupo há papéis e todos são importantes. Tem a pessoa que vai organizar o grupo, o moderador que ajuda a alcançar o objetivo e o líder que puxa as pessoas para participar. Você tem que demonstrar o seu potencial e cumprir seu papel da melhor forma possível”.

Atualmente chefe de chopp da Brahma, Harry Racz, 23, também entrou na Ambev como trainee. Ele se tornou responsável pela parte de comunicação e conceito da marca. “Penso o dia inteiro em como entregar para o consumidor a melhor experiência possível”, afirmou.

Harry - Ambev
Harry (Ambev/Divulgação)

A oportunidade de se desenvolver profissionalmente foi o motor para se candidatar ao programa da cervejaria. “O processo é famoso pela concorrência e é muito envolvente, te obriga a estar sempre antenado e ligado para passar pelas diferentes fases. Na época estava ansioso mas é uma experiência rica. Estava focado em conseguir a vaga e não deixei a sensação de comodidade tomar conta, sempre tive o sentimento que precisava me dedicar ainda mais”, comentou ele.

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Para Racz, não há uma fase mais difícil porque cada etapa exige que o candidato desenvolva alguma habilidade. “O que mais me deu e dá brilho nos olhos é o espírito de empreendedorismo. É um lugar que nunca vai me deixar acomodado com os desafios, sempre vão me tirar da zona de conforto”.

A dica dele para se sair bem é se envolver o máximo possível. “Coloque 100% do seu foco no processo para que você consiga aprender com todas as experiências que a vida propõe. Quanto mais você arrisca, mais oportunidades vão aparecer”.

Apesar de ter se formado em economia, Hessica Magalhães, 26, nunca se encaixou na área. “Tentei participar de processos de bancos e ficava me perguntando o que estava fazendo ali.”. Em 2014, ela decidiu participar do programa de trainee da Cremer e tentar uma vaga no RH.

Cremer - Hessica Magalhães
Hessica Magalhães, da Cremer (Cremer/Divulgação)

Segundo ela, a entrevista final com a diretoria da empresa foi o momento mais difícil. “Nunca tinha ficado tão próxima de profissionais com cargo tão alto. Antes, estava em grupo, ali o foco é você. É preciso deixar o nervosismo de lado e mostrar o que você pode trazer para a empresa”.

Ela já havia atuava na área e usou a experiência ao seu favor durante o processo seletivo. “Fui para as entrevistas falando que me via no setor de RH e que poderia ser um diferencial para a empresa com minha formação em economia”.

Na época, Hessica também participava de outros programas de trainee. “Não esperava passar, achei que tinham gostado de mim mas fica aquela dúvida, quanto mais você quer mais fica com medo de perder a oportunidade”.

Atualmente, ela é gerente de RH e também trabalha com o programa de trainee da Cremer. “Conheça a empresa para saber se é aquilo mesmo que você quer. Vale acompanhar redes sociais e ficar atualizado para saber o que está acontecendo no mundo.”

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