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Dez anos após falência três fazendas da Boi Gordo vão a leilão

Caso coloca dúvidas sobre quanto tempo os investidores de empresas acusadas atualmente de pirâmides poderão esperar para receber seu dinheiro de volta, caso elas sejam condenadas

Por Da Redação
8 Maio 2014, 21h34

Os duplamente enganados

A empresa faliu e deixou cerca de 32000 investidores sem receber nenhum centavo – um prejuízo de 4,5 bilhões de reais, em valores atualizados

Quanto perderam algumas das vítimas

Evair 5692000 Edilson 3600000 Felipão 2259000 Marisa Orth 943000 Erasmo Carlos 398000 Vampeta 336000 Hans Donner 207000 Cesar Sampaio 101000

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Dez anos depois de as Fazendas Reunidas Boi Gordo ter sua falência decretada pela Justiça, os investidores poderão começar a ver a cor do dinheiro aplicado na empresa. Condenada por prática de pirâmide financeira, ela prometia rendimentos de 40% para os investidores. Como todo esquema semelhante, a Boi Gordo só se alimentava do dinheiro de novos entrantes ao sistema e não tinha sustentabilidade financeira para cumprir as promessas de lucro. A empresa pediu concordata em outubro de 2001, mas foi considerada falida apenas em fevereiro de 2004. No ato da dissolução da companhia, as dívidas eram de 2,5 bilhões de reais.

A Justiça tenta agora levantar dinheiro para pagar ao menos parte dos débitos com investidores. Um leilão de três das 14 fazendas da massa falida, nos Estados de Mato Grosso e São Paulo, será realizado em 15 de maio na capital paulista.

O caso Boi Gordo é um exemplo do que pode acontecer com quem investiu em empresas que estão sendo investigadas de prática de pirâmide, como a TelexFree. Caso ocorra a condenação, os prejudicados podem ter de esperar mais de uma década para reaver seus milhares de reais.

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A Fazenda Chaparral, em Lambari D´Oeste (MT), de 7.656,88 hectares, é avaliada em 22,86 milhões de reais. A Fazenda Realeza, no município paulista de Itapetininga, está leiloando seus 640,43 hectares por, no mínimo, 13,92 milhões de reais. Por fim, a Fazenda Vale do Sol I, de Salto do Céu (MT), que possui 2.039,55 hectares, começará o pleito com um lance de 3,92 milhões de reais. Os valores ainda poderão ser alterados até a data do leilão, com base na Tabela do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, alerta o síndico da massa falida, Gustavo Sauer.

“A expectativa é que havendo sucesso com a venda das propriedades seja possível efetuar o pagamento integral dos credores trabalhistas”, enfatiza. A proposta é pagar esses credores ainda no segundo semestre de 2014. O que os demais investidores receberão dependerá do sucesso do leilão e, mesmo assim, o pagamento só será feito, provavelmente, no ano que vem.

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No fim do ano passado, Kleverson Scheffer, filho do “Rei da Soja”, Eraí Maggi, arrematou a Fazenda Buriti, localizada entre Chapada dos Guimarães e Campo Verde. A propriedade fazia parte da massa falida das Fazendas Reunidas Boi Gordo. Kleverson, que já era arrendatário da fazenda, deu lance de 15 milhões de reais, ágio de 40% sobre o preço mínimo de 11 milhões de reais. A fazenda tem 1.085 hectares.

Para dar lances no leilão, que acontecerá na Casa de Portugal, no bairro paulista da Liberdade, é necessária a presença no local. Para os que queiram apenas acompanhar o pleito, ele será transmitido ao vivo pelo Canal do Boi, pelo site da Massa Falida de Fazendas Reunidas Boi Gordo S.A e Coligadas (https://massafalidaboigordo.com.br) e também pelo leiloeiro (www.freitasleiloeiro.com.br). Vence quem oferecer o maior lance, independente da forma de pagamento (à vista ou a prazo) – o arrendatário das fazendas, porém, tem preferência na concorrência.

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