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Desemprego na Eurozona atinge recorde histórico

Por Por María Lorente
1 jun 2012, 09h32

O desemprego na Eurozona alcançou 11% em abril, um máximo histórico desde a criação da União Monetária, e os especialistas preveem que continuará crescendo, impulsionado pela situação na Espanha, onde o índice é duas vezes maior do que a média europeia (24,3%).

“A taxa de desemprego, corrigida pelas variações sazonais, chegou na Eurozona a 11% da população economicamente ativa em abril de 2012”, afirmou o escritório de estatísticas Eurostat.

Desde a criação da União Monetária, em 1999, o desemprego nunca havia alcançado estes níveis. E, por doze meses consecutivos, a taxa de desemprego ultrapassou a marca de 10% na Eurozona.

“Levamos muito a sério estes dados, que confirmam a urgência da situação, que alcançou níveis inaceitáveis”, disse a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde.

Segundo os cálculos do Eurostat, 17,40 milhões de pessoas estavam desempregadas em abril na Eurozona, ou seja, 110 mil a mais do que no mês anterior.

“Com a zona do euro dirigindo-se a uma contração do PIB no segundo trimestre, e com a confiança das empresas em queda, é muito provável que o desemprego na união monetária continue aumentando, até alcançar 11,5% no fim deste ano”, disse Howard Archer, da IHS Global Insight.

A Espanha lidera os números de desemprego dos 17 países da Eurozona, com 24,3%, seguida da Grécia (21,7% em fevereiro), de acordo com o Eurostat. Já Áustria (3,9%), Holanda e Luxemburgo (ambos com 5,2%), e Alemanha (5,4%) têm os menores índices.

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O desemprego em Portugal subiu a 15,5%, e na Itália atinge 10,2% da população economicamente ativa, um nível recorde na terceira economia na Eurozona, segundo um cálculo provisório publicado pelo instituto de estatísticas Istat.

“Isto reflete as crescentes disparidades entre os membros da União Monetária”, opinou Martin van Vliet, do banco ING.

“Mostra que a economia da zona do euro precisa desesperadamente de políticas expansionistas (…) Devem ser adotadas o quanto antes medidas drásticas para frear a crise”, acrescentou.

Os dados europeus para a Espanha coincidem com os divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol, que recentemente indicou que 24,44% da população economicamente ativa deste país estava desempregada em abril.

Segundo o Eurostat, os jovens espanhóis com menos de 25 anos são particularmente atingidos, já que mais da metade (51,5%) não encontra trabalho.

Com o setor da construção praticamente sem atividade desde a explosão da bolha imobiliária, em 2008, depois de ter sido o motor da economia, o país oscila entre a recessão e um fraco crescimento.

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Segundo o Banco da Espanha, a economia espanhola “seguirá se contraindo” no segundo trimestre do ano, depois que o PIB caiu 0,3% entre janeiro e março.

O governo conservador de Mariano Rajoy aprovou no dia 11 de fevereiro uma nova reforma trabalhista, que inclui a redução das indenizações por demissão e medidas para estimular o emprego juvenil. Mas os resultados foram, até agora, uma maior destruição dos empregos.

Em um informe divulgado na quarta-feira, a Comissão Europeia considerou insuficientes e “pouco ambiciosas” as reformas, afirmando que as empresas podem utilizar os contratos com um período de experiência de um ano para evitar pagar demissões, o que, eventualmente, atingirá o mercado de trabalho.

Inclusive, a reforma “se baseia em incentivos fiscais para a criação de emprego, o que demonstrou ser ineficaz no passado”, explicou.

O Executivo de Madri se comprometeu a reduzir o déficit público do país a 5,3% do PIB no fim do ano, após um desvio de 8,9% em 2011, às custas de cortes draconianos que pretendem economizar 27,3 bilhões de euros.

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