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Desemprego fica em 11,8% por desistência na procura de vaga

Segundo IBGE, o resultado poderia ter sido pior caso o número de pessoas que desistiram de procurar uma colocação não tivesse aumentado no período

Por Da redação
Atualizado em 29 nov 2016, 10h49 - Publicado em 29 nov 2016, 10h42

A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 11,8% pela terceira vez seguida no trimestre até outubro, mas o resultado poderia ter sido pior caso o número de pessoas que desistiram de procurar uma colocação não tivesse aumentado no período, impactando a estatística.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad)  divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de desempregados chegou ao novo recorde de 12,042 milhões de pessoas nos três meses até outubro, 32,7% maior sobre 2015. Nos três meses até setembro, eram 12,022 milhões de pessoas sem emprego.

“A situação é muito mais grave do que aparentemente os números mostram, porque a população ocupada continua caindo. As pessoas estão em sua maioria desistindo de procurar trabalho dada a dificuldade apresentada pelo mercado em gerar vagas”, disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

Segundo os dados do IBGE, o número de pessoas fora da força de trabalho, que representa aqueles que não estão procurando emprego e por isso saem da conta, cresceu 2,3% no período entre agosto e outubro sobre o ano anterior, o equivalente 1,462 milhão de trabalhadores. No período, a população ocupada caiu 2,6% sobre o ano anterior, o que representa 2,402 milhões pessoas a menos em meio ao cenário de forte recessão econômica e dificuldade de retomada da atividade.

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A debilidade do mercado de trabalho fica ainda mais clara quando se compara o cenário com o mesmo período de 2015, quando a taxa de desemprego havia sido de 8,9%. O dado dos três meses até outubro ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de 11,7% no período.

A renda média do trabalhador, ainda segundo a Pnad Contínua, seguiu em queda, com perda de 1,3% sobre o mesmo período do ano passado, a 2.025 reais. “No emprego com carteira assinada foram fechados cerca de 300.000 postos, a maioria com salários mais baixos”, completou Azeredo.

Em outubro, o Brasil registrou perda líquida de 74.748 vagas formais de emprego, segundo o Ministério do Trabalho. O mercado de trabalho é um dos principais reflexos da recessão econômica. Economistas consultados pelo Banco Central projetam contração de 3,49% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, com crescimento de apenas 0,98% no próximo. O IBGE divulga na quarta-feira os dados do PIB do terceiro trimestre.

(Com agência Reuters)

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