Desemprego chega a 6,4% em abril, pior taxa desde 2011
Segundo IBGE, o rendimento médio dos trabalhadores caiu 0,5% no mês; mercado de trabalho sente os efeitos da crise econômica
A taxa de desemprego no país subiu para 6,4% em abril deste ano, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O índice é o mais alto registrado desde maio de 2011, quando alcançou o mesmo porcentual. Em relação aos meses de abril, é a pior taxa desde 2010, quanto atingiu 7,3%.
Em março, a taxa de desocupação ficou em 6,2%. Como só houve variação de 0,2 ponto porcentual, o IBGE considerou que em relação ao mês anterior o índice permaneceu estável.
Já o rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros teve queda de 0,5%, passando de 2.148,71 reais em março para 2.138,5 reais em abril. Na comparação com abril de 2014, a queda foi mais expressiva, de 2,9%. Trata-se do terceiro mês consecutivo em que se registra queda no salário frente ao mês anterior.
O instituto também contabilizou um total de 1,5 milhão de pessoas desocupadas em abril, 63.000 a mais do que em março. Em relação à abril de 2014, foram 384.000 pessoas a mais sem emprego, o que corresponde a um salto de 32,7%.
A Pesquisa Mensal de Emprego é feita com as populações de seis regiões metropolitanas do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Ao todo, foram entrevistadas 120.000 pessoas em 44.000 domicílios.
No comparativo entre abril de 2015 ante o mesmo mês do ano passado, a taxa de desocupação cresceu em todos os locais pesquisados, com destaque para Salvador, que passou de 9,1% para 11,3%, seguido por Belo Horizonte, que subiu de 3,6% para 5,5%. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o índice aumentou de 5,2% para 6,3%; e de 3,5% para 5,2%, respectivamente.
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(Da redação)