Demissões da Petrobras terão impacto negativo de R$ 1,6 bi no 1º trimestre
Empresa informou, contudo, que as demissões devem resultar em uma redução de custos de R$ 13 bilhões até 2018; balanço será divulgado na próxima sexta-feira
O plano de demissões voluntárias da Petrobras deverá gerar uma economia de pelo menos 13 bilhões de reais entre 2014 e 2018, mas terá um impacto negativo de 1,6 bilhão de reais no resultado do primeiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta segunda-feira. A estatal divulga o balanço do primeiro trimestre na próxima sexta-feira.
A empresa revelou que o número de empregados inscritos no programa de demissão voluntária atingiu 8.298, o equivalente a 12,4% de seu efetivo total. A previsão é de que 55% dos desligamentos ocorram ainda em 2014. “Estimamos também que o custo do referido incentivo seja compensado em um tempo médio de nove meses após a saída de cada um de nossos profissionais”, acrescentou a empresa, destacando ainda que a redução de custos global é “expressiva”, devendo alcançar “de forma conservadora 13 bilhões de reais no horizonte 2014-2018″.
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O número informado sobre as demissões está perto da estimativa apontada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em meados de janeiro, quando a Petrobras divulgou seu programa, de cerca de 8,4 mil petroleiros.
Analistas do Itaú BBA projetaram, em relatório reservado a clientes, que o mercado deverá ter uma reação positiva em relação ao comunicado da Petrobras. A estimativa de impacto negativo no resultado fez os analistas do Itaú BBA revisarem suas estimativas para o trimestre. Agora, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), um indicador operacional, esperado é de 13,3 bilhões de reais ante 15,7 bilhões de reais anteriormente. O lucro líquido previsto pelo banco foi rebaixado para 3,8 bilhões de reais, contra 5,4 bilhões de reais na previsão anterior da instituição.
Mesmo assim, os analistas do banco de investimentos ponderaram que após a alta de mais de 6% nos papéis da companhia na sexta-feira, o mercado deve ter alguma correção ao longo dos próximos pregões.
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(com agência Reuters)