O ministro da Fazenda, Guido Mantega, via de regra, comenta os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados a cada trimestre. O ministro costuma convocar jornalistas para dizer algumas palavras, em geral entusiasmadas, sobre o desempenho das contas nacionais. Nesta sexta-feira, contudo, Mantega se absteve do convívio com a imprensa. Protagonista de uma bizarra situação em que, mesmo demitido e com substituto nomeado, permanece oficialmente no cargo, o ministro preferiu comentar o PIB em nota divulgada por sua assessoria. Joaquim Levy, que o substitui como chefe da Fazenda, foi apresentado oficialmente na tarde de quinta-feira. O Ministério não confirma, mas o ministro deve encerrar nesta sexta seus oito anos de expediente na Esplanada dos Ministérios. Levy e Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, começam a despachar no Palácio do Planalto. Não podem ocupar seus respectivos gabinetes antes da posse, em 1º de janeiro.
Em sua nota, Mantega classificou o crescimento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre como “sinal de retomada”. “A alta de 0,1% do PIB no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior mostra que a economia entrou em processo de retomada do crescimento econômico, embora em ritmo ainda modesto”, disse.