De olho em eleição, Bolsonaro dispara contra política da Petrobras
Preço do barril de petróleo acelerou com guerra entre Rússia e Ucrânia
Responsabilidade não dá voto. O presidente Jair Bolsonaro criticou a atual política de preços da Petrobras, atrelada ao mercado internacional, na esteira da alta do preço do barril do petróleo. “O preço altíssimo do petróleo é anormal, atípico. O governo federal, nós, juntamente com Economia agora à tarde, Ministério de Minas e Energia e própria Petrobras, vamos buscar alternativa. Porque se for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, tem que dar aumento de 50%, não é admissível”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Folha de Roraima. O presidente convocou uma reunião de emergência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, para esta segunda-feira, 7.
Após as declarações de Bolsonaro, as ações da estatal recuaram mais que 7%. Além de criticar a política de preços da estatal, o presidente afirmou que discutiria ainda nesta segunda medidas para conter a alta para o consumidor.
O preço do barril de petróleo segue em alta, e ultrapassou os 130 dólares com a continuidade da incursão autoritária do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Ucrânia. O preço dos barris quase chegou ao recorde já registrado, de 147,50 dólares, em julho de 2008 — no ápice da crise financeira mundial que assolou os Estados Unidos. “Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer”, disse Bolsonaro.