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Por que 2021 foi desafiador para as ações das techs como Magalu e Nubank

Após terminar 2020 com valorização de 109%, ações da Magalu chegam ao final do ano em queda de 75%; mais da metade das techs brasileiras estão no negativo

Por Luisa Purchio Atualizado em 28 dez 2021, 13h05 - Publicado em 28 dez 2021, 11h14

A B3 terminou 2021 com um grande número de IPOs, as ofertas iniciais de ações, mas após a onda de abertura de capital na bolsa o cenário virou com a deterioração do ambiente político e fiscal e principalmente com a inflação, que levou o Banco Central a reverter a política monetária estimulativa, isto é, com taxa de juros mais altas. Um dos setores que mais sofreu com essa mudança de cenário foi o de empresas de tecnologia, principalmente quando comparadas com o ano de 2020.

Enquanto a Magalu terminou o ano de 2020 com um crescimento de 109,84%, por exemplo, agora ela se aproxima do final do ano com uma desvalorização de 75,13% nos papeis no acumulado de 2021. O mesmo ocorreu com o Mercado Livre, que no ano passado acumulou alta de 192,90% mas em 2021 apresenta queda de 24,62%.

Outra empresa que sofreu foi o Nubank, que abriu IPO neste mês nas bolsas de Nova York. Apesar do sucesso da oferta inicial, antes de se lançar no mercado, a empresa teve de baixar sua precificação em 20%, de 10 a 11 dólares para 9 dólares a ação, para atrair os investidores. Atualmente, as ações da empresa acumulam alta de 8,8% desde a abertura de capital e encerraram o pregão de segunda-feira, 27, a 9,80 dólares.

Um levantamento realizado pela consultoria Economatica a pedido de VEJA mostra em 2020, de 10 empresas de Tecnologia com capital aberto na B3, 30% delas tiveram desempenho negativo dos papeis. Já este ano o número subiu para 60%, mostrando que o quadro para elas realmente mudou, principalmente devido à alta de juros.

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“Quando os juros sobem, as empresas de tecnologia acabam sendo mais impactadas negativamente. Elas precisam de juros baixos para se financiar e acelerar o seu crescimento, mas a alta dos juros faz com que as dívidas e o custo fiquem mais elevados”, diz Guilherme Zanin, analista da Avenue Securites. “O fato de estar em um mercado emergente é um agravante ainda maior”, diz ele.

No ano passado, no auge da pandemia, as chamadas techs dispararam com os juros baixos, enquanto as ligadas a comércio físico e serviço despencaram, impactadas pelo isolamento social. As techs são chamadas “de crescimento” por trazerem promessas de geração de lucro no futuro e surfaram no consumo à distância provocado pela quarentena, batendo recordes impressionantes nas bolsas em todo o mundo.

Lucrar com a bolsa de valores está em justamente saber antecipar as tendências do mercado. Os investidores que apostaram nestas empresas no ano passado e souberam se desfazer dos papeis na hora certa certamente tiveram bons ganhos.

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