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Daslu recebe ordem de despejo do shopping JK Iguatemi

Grife que já foi referência em vestuário feminino no país vai deixar o shopping pro falta de pagamento de aluguel

Por Da redação
Atualizado em 9 nov 2016, 17h12 - Publicado em 20 out 2016, 16h57

A boutique de roupas femininas Daslu recebeu uma ordem de despejo do Shopping JK Iguatemi e encerrará sua loja no local. O motivo é a falta de pagamento de aluguel. Segundo a Daslu, ela vai fechar a unidade devido à “irredutibilidade do shopping nas negociações e baixo fluxo do mesmo (sic)”, segundo texto de sua nota oficial. A loja ocupa uma área de 1.500 metros quadrados no estabelecimento.

No comunicado enviado ao site de VEJA, a Daslu não informou quando pretende encerrar a unidade. A grife também anunciou que pretende abrir uma nova loja em São Paulo, sem dar mais detalhes.

Procurado, o Shopping JK Iguatemi disse que não se manifestaria sobre as relações comerciais com seus lojistas.

 

Esse não é o primeiro problema da marca de luxo envolvendo atraso em pagamentos neste ano. A grife foi despejada há três meses do Catarina Outlet, em São Roque (SP), a 66 quilômetros da capital, por não pagar aluguel. Há dois meses, a Daslu teve um pedido de falência requerido por um fornecedor a quem devia 50.000 reais.

Fundada há 59 anos, a Daslu saiu de uma pequena loja para um colosso de vendas e sinônimo de sofisticação para o mercado de moda nacional pelas mãos da empresária Eliana Tranchesi. Ela herdou o negócio de sua mãe, em 1983. Nos anos 90, com a abertura das importações, a Daslu atraiu para o Brasil grifes internacionais do porte de Chanel, Gucci e Prada.

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A loja funcionou em um conjunto de casas no bairro paulistano de Vila Nova Conceição até 2005, quando se mudou para um prédio de estilo neoclássico, três andares e 20 000 metros quadrados na Vila Olímpia. No mesmo ano, mergulhou em uma crise depois que Eliana foi acusada de sonegação de impostos e fraude nas importações pela polícia e pela Receita Federal.

Em 2009, ela foi condenada a 94 anos e seis meses de prisão por formação de quadrilha, fraude em importações e falsidade ideológica. Ficou presa apenas um dia e foi solta por meio de um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça. A Daslu foi vendida para um fundo controlado por  Marcus Elias em 2011, por 65 milhões de reais, para escapar da falência e para pagamento de dívidas. Eliana Trachesi morreu em 2012, vítima de um câncer

Em fevereiro deste ano, a grife foi vendida para um grupo de investidores, entre eles o empresário baiano Crezo Suerdieck Dourado e o advogado Felício Rosa Valarelli Junior. O empresário, conhecido na Bahia como DJ Crezinho, é um dos herdeiros da família Suerdieck, que chegou a ser a maior fabricante de charutos e cigarrilhas do Brasil, mas acabou fechando as portas em 2000. Comprador de empresas em dificuldade, Crezo é dono, desde o fim de janeiro, do jornal A Tarde, de Salvador, o maior do Nordeste.

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Em contato com o site de VEJA, Dourado e Valarelli esclarecem que não são “donos” da empresa DSL, essa sim dona da marca Daslu, e que nunca estiveram na administração direta da DSL. Com isso, afirmam os empresários, eles não são responsáveis pelo não-cumprimento dos compromissos da DSL com terceiros, inclusive os envolvidos com os contratos de locação das lojas Daslu.

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