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Daciolo e Bolsonaro gastaram menos de 3 centavos por voto no 1º turno

Do lado dos "gastões", Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) foram os responsável pelas campanhas menos eficientes

Por Thaís Augusto e Machado da Costa
8 out 2018, 12h40

Cabo Daciolo (Patriota) e Jair Bolsonaro (PSL) foram os candidatos à Presidência da República com as campanhas mais baratas do primeiro turno. Com o impulso da internet, os presidenciáveis desembolsaram menos de três centavos por voto recebido. Os dados são de levantamento realizado por VEJA com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Do lado dos “gastões”, Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) tiveram as campanhas mais caras: para cada voto válido, o ex-ministro da Fazenda gastou 41,24 reais, enquanto que Alckmin desembolsou 10,21 reais.

O segredo de Daciolo e Bolsonaro foi o uso das redes sociais e a geração de mídia espontânea. Assim, os candidatos não precisaram gastar muito para garantir grande alcance. O postulante do Patriota, por exemplo, viu sua presença crescer a partir dos memes – que usaram desde seu enfático discurso, que começa com “Glória a Deus”, até a pausa de 21 dias na campanha eleitoral para meditar em um monte.

Daciolo gastou 0,0006 centavos de reais para cada um de seus 1.349.483 votos nas urnas. Ao todo, sua campanha precisou de apenas 808,92 reais para ficar à frente de candidatos como Meirelles, Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede).

O candidato do PSL, que disputará o segundo turno com o petista Fernando Haddad, também conseguiu usar as redes sociais e a mídia ao seu favor, especialmente após a facada durante comício em Juiz de Fora, Minas Gerais, que o afastou das ruas. Mesmo movimentos contrários ao candidato, como o grupo Mulheres contra Bolsonaro, não foram capazes de frear o avanço de sua campanha eleitoral.

Ele gastou 0,0269 reais por voto. Ao todo, o ex-militar foi o escolhido de 49.387.416 eleitores e passou para o segundo turno com 46% dos votos.

“As redes sociais vinham assumindo um peso cada vez maior nas eleições, e vão continuar assim. Mas isso não significa dizer que a TV não teve peso”, explica o cientista político Antonio Lavareda. “Sem tempo de TV, contando apenas com redes sociais, Lula não teria conseguido transferir uma quantidade suficiente de votos para Haddad”.

Segundo ele, a propaganda eleitoral obrigatória não gerou grandes efeitos para candidatos com maior tempo de exposição, como Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles. “Esse programa de TV foi quase inócuo para eles. O PSL tomou para si o papel de centro-direita. E o tempo que Bolsonaro teve na TV em mídia espontânea, depois do ataque, teve uma importância muito maior”.

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Os candidatos Fernando Haddad, Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo) gastaram 0,38 reais, 0,62 reais e 0,84 reais por voto, respectivamente, completando o ranking dos presidenciáveis que desembolsaram menos de 1 real para conseguir cada eleitor.

Entre os que mais gastaram, também figuram João Goulart Filho (Pátria Livre), Guilherme Boulos (PSOL) e Alvaro Dias (Podemos). Os candidatos desembolsaram 14,98 reais, 6,79 reais e 6,74 reais, respectivamente.

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