CVM suspende registro do Hopi Hari na Bolsa
O parque temático anunciou a suspensão das suas atividades devido a dificuldades financeiras
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) suspendeu o registro de companhia aberta do Hopi Hari S/A, dona do parque de diversões localizado em Vinhedo, no interior de são Paulo.
A CVM informa que a decisão foi motivada pelo fato de a empresa desrespeitar a regra que a obriga a prestar informações à autarquia. Isso aconteceria há mais de um ano.
No último dia 12, o parque temático anunciou a suspensão das suas atividades em meio a dificuldades financeiras para manter suas operações. A empresa diz que planeja reabrir as atrações, mas precisa de um tempo para “respirar”.
O parque tenta aprovar um plano de recuperação judicial e acumula cerca de 700 milhões de reais em dívidas.
A empresa teve seu pedido de recuperação judicial aprovado em agosto do ano passado, o que suspende a cobrança dos credores.
Segundo a administração do parque, a indefinição no processo é um dos itens que impede a continuidade das atividades no momento. “A situação do Hopi Hari é bem conhecida por todos: dívidas, pouco público, atrações paradas, plano de recuperação judicial em aprovação e uma longa fila de problemas herdados de administrações anteriores”, informou o parque.
Inaugurado em 1999, o parque alcançou a marca de 1,8 milhão de visitantes em 2008, seu ano com melhor desempenho. Recentemente, porém, operava com várias de suas atrações fechadas por problemas de manutenção, atraindo uma quantidade de público reduzida.
As falhas nos brinquedos culminaram na morte da estudante Gabriella Nichimura, de 14 anos, em 2012. Ela morreu ao cair do brinquedo La Tour Eiffel devido a uma falha na trava de segurança da cadeira.
Em dezembro do ano passado o então controlador, Luciano Correa, vendeu 75% das ações da controladora indireta do parque, a HH Participações, para o empresário do setor imobiliário José Luiz Abdalla. Correa deixou a presidência do Hopi Hari no último dia 5 de abril.