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Crise pressiona EUA a exportar gás natural à Ucrânia

Objetivo é enfraquecer influência da Rússia no país, mas EUA possuem uma lei que cria barreiras regulatórias a países que não são parceiros de livre comércio

Por Da Redação
6 mar 2014, 02h50

Congressistas e funcionários do Departamento de Energia dos Estados Unidos estão pressionando o presidente Barack Obama a tomar uma atitude para ampliar as exportações de gás natural para a Ucrânia e, assim, enfraquecer a influência da Rússia sobre o país. Os EUA possuem uma lei que cria barreiras regulatórias para a exportação de gás natural a países que não são parceiros de livre comércio.

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Com a exploração do gás de xisto, os EUA estão produzindo gás natural em níveis que não eram vistos desde meados de 1990 e este ano vão superar a Rússia como o maior produtor do mundo, embora ainda não tenham iniciado a exportação do produto.

No entanto, autoridades dizem que o atual contexto na Europa, com a crise política na Ucrânia, pode mudar essa situação. “Eu certamente saudaria uma consulta em termos de como prosseguir. Essa é obviamente uma situação muito importante e muito séria”, disse o Secretário de Energia dos EUA, Ernest Moniz, durante conferência do setor em Houston, no Texas.

Para permitir esse aumento nas exportações, o Departamento de Energia tem que determinar que o beneficiário do gás é de interesse nacional dos EUA. Nos últimos anos, o departamento aprovou seis pedidos, de mais de 20 que foram enviados.

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Domínio russo – Cerca de 70% do fornecimento de gás natural da Ucrânia é proveniente da Rússia. O país também é um ponto estratégico para distribuir o gás russo para mais de uma dezena de países europeus. A Rússia fornece cerca de 25% do gás consumido pela União Europeia, e metade desse volume passa por gasodutos na Ucrânia.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, declarou nesta quarta que, “se o presidente quisesse fortalecer sua posição e ajudar a proteger os aliados na região, ele pegaria o telefone e usaria sua caneta para fazer com que o Departamento de Energia aprovasse os pedidos para essas exportações”.

As cobranças mais fortes vêm de republicanos, mas alguns democratas também estão pedindo pelo afrouxamento das regras. “Eu trarei isso à tona. Está claro que muito dos conflitos e estresses econômicos na Europa e na região ao redor é relacionado à energia”, disse a senadora Mary Landrieu, que preside o Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado.

Contudo, alguns democratas, incluindo os senadores Edward Markey e Debbie Stabenow, demonstraram preocupação com exportar grandes volumes e muito rápido. Assim como indústrias que usam o gás natural como estoques, como a Dow Chemical, eles estão preocupados que as exportações poderiam reduzir a vantagem competitiva dos EUA.

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(Com Estadão Conteúdo)

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