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Crise nas startups? Não para as de tecnologia militar

Com o conflito no leste europeu, desenvolvimento de novas tecnologias entra no foco de grande potências ocidentais

Por Renan Monteiro Atualizado em 7 jul 2022, 18h34 - Publicado em 7 jul 2022, 13h47

O investimento em tecnologias de segurança ganhou novo impulso com a escalada da invasão russa em território ucraniano. Drones autônomos para vigilância, avanço em software de reconhecimento de imagem ou processamento de dados via satélite em tempo real são algumas das técnicas recebendo maior investimento em grandes potências, com a justificativa de sofisticar os protocolos de defesa e segurança nacional.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no final da semana passada, anunciou a aprovação do aporte de 1 bilhão de euros para investimento em startups de estágio inicial e outros fundos de capital de risco, tendo a perspectiva de desenvolver tecnologias “prioritárias” às 22 nações, seja no campo da inteligência artificial, processamento de dados em grande volume e tecnologia quântica. “O Fundo de Inovação da OTAN (como foi chamado) ajudará a dar vida às tecnologias nascentes que têm o poder de transformar nossa segurança nas próximas décadas, reforçando-a para um bilhão de cidadãos”, mencionou o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg. 

O investimento terá validade de 15 anos e complementa outro anúncio da organização de aliança militar: o Acelerador de Inovação em Defesa para o Atlântico Norte (DIANA, no original), em processo para firmar parceria com o setor privado e universidades no tema da tecnologia de segurança.

O movimento da OTAN segue outros precedentes, incluindo o investimento da União Europeia em 1 bilhão de euros no Fundo Europeu de Defesa, especificamente para o desenvolvimento de “novas ferramentas para inovação” em segurança, ou a mobilização individual de grandes potências. Citando diretamente a guerra na Ucrânia  e “ameaças híbridas e subliminares”, o governo do Reino Unido anunciou, em meados de junho, uma nova política de defesa nacional, ancorada em estratégias de inteligência artificial.

O Departamento de Defesa dos EUA, por sua vez, vem estabelecendo contratos com startups de tecnologia de segurança, desde o período pré-guerra. Em janeiro, a Anduril, que desenvolve sistemas de defesa autônomos, ficou responsável pelo desenvolvimento de drones do Comando de Operações Especiais dos EUA. A startup, inclusive, virou unicórnio no contexto de guerra. No âmbito do programa chamado de Comando e Controle Conjunto de Todos os Domínios, ou JADC2, outras empresas tech, como Palantir e C3 AI ganharam espaço em investimentos. Na semana passada, a Força Aérea dos Estados Unidos anunciou um contrato de 950 milhões de dólares com 27 empresas para trabalhar com pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de segurança. A tendência de novos contratos militares lucrativos, com foco em tecnologia, aumenta. 

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