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Crise global: Europa e EUA anunciam planos de estímulo

Por Eric Piermont
8 set 2011, 17h10

O cenário econômico internacional está se deteriorando e a recessão ameaça os países ricos, diz um relatório do Banco Central Europeu (BCE) divulgado nesta quinta-feira na Europa e nos Estados Unidos, cujos líderes buscam contornar a situação acelerando a aprovação (no caso da Europa) do resgate à Grécia, e lançando (no caso dos EUA) um plano contra o desemprego.

“Há um enorme grau de incerteza sobre a economia mundial e a Zona Euro”, declarou em Frankfurt o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.

O instituto monetário revisou para baixo suas previsões de crescimento do PIB da Zona Euro, que será de 1,6% em 2011 e 1,3% em 2012 (as projeções de junho passado eram de 1,9% e de 1,7% respectivamente).

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou em forte baixa suas previsões e admitiu o risco de que alguns países ricos caiam em uma nova recessão e de que a crise da Zona Euro se agrave.

Até mesmo a Alemanha, maior economia europeia, poderá registrar este ano um trimestre de contração de seu PIB, assim como a Itália, segundo o relatório publicado pela OCDE um dia antes da reunião em Marselha de ministros de Economia e chefes de bancos centrais do G7 (Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) por sua vez, concorda com o prognóstico.

“Os obstáculos (para o crescimento) estão aumentando”, afirmou um porta-voz do organismo, Gerry Rice.

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As autoridades políticas, pressionadas pelos mercados, tentam recuperar a iniciativa, para impedir una recaída da crise que em 2009 deixou o mundo em recessão.

O presidente americano, Barack Obama, anunciará nesta quinta-feira ante o Congresso, um novo plano para reativar o emprego, ante a persistência dos níveis de desemprego em seu país (9,1% em agosto).

O presidente poderá, segundo versões de imprensa, anunciar um investimento de 300 bilhões de dólares em cortes de impostos e investimentos em infraestrutura.

Na Europa, a França se converteu nesta quinta-feira no primeiro país da Zona Euro a aprovar definitivamente o plano de resgate para a Grécia, pré-aprovado em julho pelos dirigentes europeus.

Os senadores franceses votarão já respaldados pelos deputados, num plano que inclui também medidas de maior rigor para frear o déficit orçamentário francês.

Contudo, o segundo plano de resgate grego, de quase 160 bilhões de euros, não entrará em vigor antes de 2012, pois vários dos 17 países da Zona Euro só o aprovarão dentro de uns meses.

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A Holanda chegou a aludir à possibilidade de excluir a Grecia da Zona Euro, devido ao descumprimento de seus compromissos em relação aos riscos orçamentários para reduzir sua alta dívida, mas a Comissão Europeia excluiu essa possibilidade.

A OCDE pediu para que seja reforçada a capitalização dos bancos na Zona Euro, e Trichet disse que o BCE está disposto a “proporcionar a liquidez” necessária para as instituições financeiras da região.

Três países da Zona Euro foram objeto nestes meses de programas de resgate (Grécia em duas ocasiões, Portugal e Irlanda). A crise se acentuou no verão e colocou também na mira a Espanha e Itália.

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, pediu nesta quinta-feira aos líderes europeus para que “adotem ações mais contundentes para gerar confiança”.

Os mercados reagiram de maneira geral positivamente ao voto francês e ao respaldo que na quarta-feira o Tribunal Constitucional alemão conferiu ao plano de resgate à Grécia. As principais bolsas europeias fecharam a quarta-feira em alta e se mantêm estáveis nesta quinta.

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