Crise faz grupo Votorantim suspender produção de unidades
Cenário econômico afetou companhias como Vale, Usiminas, CSN, Gerdau e a divisão de mineração e siderurgia do grupo Votorantim
A queda dos preços internacionais do minério de ferro e a menor demanda por parte da China afetaram grandes siderúrgicas e mineradoras em todo o mundo. No Brasil, o cenário foi agravado pela crise econômica e atingiu em cheio grandes companhias, como Vale, Usiminas, CSN, Gerdau e a divisão de mineração e siderurgia do grupo Votorantim.
Em janeiro, a Votorantim suspendeu as operações de níquel das unidades de Niquelândia (GO) e São Miguel Paulista (SP). A decisão foi motivada pela queda dos preços internacionais do metal. Só em 2015, a redução foi de 40%.
O grupo Votorantim afirmou que a maior exposição da companhia nessa área é em zinco. A empresa produz o metal no Brasil e Peru, com “operações muito competitivas em custo e escala”.
Em outubro, a Votorantim Siderurgia anunciou a paralisação das operações da área de aciaria de usina de Barra Mansa (RJ), diante da menor demanda, seguindo o movimento de outras grandes siderúrgicas, que também desligaram seus altos-fornos, caso da Usiminas e da CSN.
De acordo com fontes, o grupo Votorantim perdeu a oportunidade de vender os negócios de metais e siderurgia no passado recente. “Mesmo se quisessem fazer isso agora, não conseguiriam com o cenário atual.”
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Cimento – Na divisão de cimento, duas unidades de São Paulo tiveram paradas temporárias. O grande desafio do grupo nessa área é retomar o crescimento. Em 2014, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou as principais empresas do setor por supostas práticas anticoncorrenciais. A Votorantim, multada em 1,5 bilhão de reais, obteve, em 2015, uma liminar que suspendeu os efeitos dessa sentença.
(Com Estadão Conteúdo)