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Crise do euro ameaça recuperação mundial, diz OCDE

Por Da Redação
22 Maio 2012, 07h54

Por Leigh Thomas

PARIS, 22 Mai (Reuters) – Os Estados Unidos e o Japão estão liderando uma frágil recuperação econômica entre os países desenvolvidos que ainda pode sair do curso se a zona do euro não conseguir conter a crise de crescimento, afirmou nesta terça-feira a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em seu panorama econômico, a OCDE prevê que o crescimento econômico vai desacelerar para 3,4 por cento neste ano ante 3,6 por cento em 2011, até que em 2013 acelerará para 4,2 por cento, em linha com suas últimas estimativas de novembro.

O crescimento nos 34 membros da organização, em geral os mais ricos do mundo, vai desacelerar neste ano para 1,6 por cento, ante 1,8 por cento em 2011, e então alcançará 2,2 por cento em 2013, também em linha com as estimativas anteriores.

“Vemos uma recuperação lenta do crescimento nos Estados Unidos comandancomandadada principalmente pela demanda privada, certa recuperação no Japão e crescimento moderado a forte em economias emergentes”, disse o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, à Reuters em entrevista.

“Nós também vemos crescimento estável na zona do euro, que esconde diferenças importantes, com os países do norte crescendo e países do sul em recessão”, ele acrescentou.

A OCDE prevê que a economia dos 17 membros da zona do euro encolherá 0,1 por cento este ano, antes de mostrar um crescimento de 0,9 por cento em 2013, embora a potência regional Alemanha tenha crescimento previsto de 1,2 por cento em 2012 e de 2,0 por cento em 2013.

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Embora as economias da OCDE estejam se recuperando, a crise da dívida da zona do euro poderá sair do controle, com a Grécia lutando para permanecer solvente e os bancos espanhóis precisando ser recapitalizados, disse Padoan.

A injeção do Banco Central Europeu (BCE) de 1 trilhão de euros de liquidez no sistema bancário da zona do euro e o aumento dos fundos de resgate europeus e das reservas do FMI ajudaram a manter a crise da dívida da zona do euro sob controle.

“Se a situação piorar, existem maneiras de reforçar a capacidade da barreira de proteção, que pode incluir uma forte intervenção ou uma ação do BCE”, disse Padoan.

Em particular, o BCE não deve excluir o programa de compra de títulos governamentais novamente para manter os custos de empréstimos baixos, emprestando ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), bem como cortando sua principal taxa de juro de referência, que atualmente está em 1,00 por cento. O BCE também pode considerar outra injeção de liquidez no sistema bancário.

MOTORES NORTE-AMERICANO E CHINÊS

Em contraste com a zona do euro, os Estados Unidos devem continuar beneficiando-se de condições de crédito fácil e de política monetária ultra-frouxa, com a maior economia do mundo crescendo 2,4 por cento este ano e 2,6 por cento em 2013, segundo as previsões. Em novembro, a OCDE previa 2,0 por cento para 2012 e 2,5 por cento para 2013.

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Embora haja algum aperto orçamentário e um mercado imobiliário ainda fraco que será um entrave ao crescimento, a demanda do setor privado continuará se fortalecendo, na medida em que a taxa de desemprego deverá cair para 7,5 por cento no final de 2013 ante 8,1 por cento em abril deste ano.

A OCDE disse que embora os Estados Unidos precisem acelerar o ritmo de seu aperto fiscal, se os cortes de impostos expirarem como previsto em 2013, isso poderá resultar num corte muito grande de uma vez e ameaçar o crescimento.

A economia japonesa deverá crescer 2,0 por cento este ano e 1,5 por cento em 2013, ao passo que a grande reconstrução após o terremoto e o tsunami do ano passado perdeu força, embora a recuperação do comércio mundial deverá oferecer apoio.

A recuperação do comércio mundial será um ponto forte para muitas economias, com a OCDE prevendo crescimento a partir de 4,1 por cento este ano para 7,0 por cento de 2013.

A gigante exportadora China deverá mostrar crescimento de 8,2 por cento este ano e de 9,3 por cento em 2013, com cortes de juros e aumento do gasto social apoiando a demanda interna no país, que não é membro da OCDE.

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