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Crise cambial no Brasil é pouco provável, diz Delfim

Por Da Redação
26 set 2011, 13h57

Por Ricardo Leopoldo

São Paulo – O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto afirmou hoje que não acredita que o Brasil vai passar por uma crise cambial. “Houve um movimento recente relativo à valorização internacional do dólar. O BC [Banco Central] fez certo em prover liquidez ao mercado”, comentou, depois de participar do 8º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. “Câmbio flutuante é assim: num primeiro momento ele varia, mas depois ele se ajusta”, destacou, em sua palestra realizada no evento.

Para Delfim Netto, contudo, o “câmbio é um problema sério” que somente será resolvido quando a taxa de juro real interna for igual à registrada pela maioria dos países. O ex-ministro afirmou que o governo tem agido de forma correta ao ter reduzido a Selic, pois o Banco Central percebeu que a crise internacional tem efeitos muitos sérios sobre o nível de atividade mundial, com impactos deflacionários. “Tombini está muito mais afinado com a realidade monetária do mundo do que todos os analistas financeiros”, comentou, referindo-se ao presidente do BC, Alexandre Tombini.

Delfim Netto ironizou analistas que reclamavam da flutuação do câmbio quando a cotação estava em R$ 1,52, mas quando a taxa bateu em R$ 1,95, como ocorreu na semana passada, passaram a clamar pela intervenção “rápida” do BC. O ex-ministro não é favorável à apreciação excessiva do real ante o dólar, mas defende a ação do BC para que o mercado funcione sem fortes oscilações. “A volatilidade vai permanecer por um bom tempo”, destacou, ao se referir que a crise dos EUA não vai acabar antes das eleições presidenciais de 2012 e na Europa os problemas também são muito graves.

O ex-ministro ressaltou que o Brasil tem plenas condições de crescer uma média de 4% nos próximos anos, com inflação de 4,5%, ao mesmo tempo que melhora a renda da população e mantém um bom nível de emprego dos trabalhadores. “A Dilma é uma pessoa trabalhadora, muito competente”, disse, na palestra, adicionando, ironicamente, que o único defeito dela é que leu os livros escritos pelos grandes economistas do País.

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