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Criadora do Fortnite ganha apoio da Microsoft na briga contra a Apple

Executivos da Microsoft alertam que desenvolvedores de jogos serão afetados caso Apple retire o sistema da Epic Games do iPhone e computadores Mac

Por Josette Goulart Atualizado em 24 ago 2020, 12h12 - Publicado em 23 ago 2020, 19h36

A Epic Games ganhou o apoio da Microsoft na briga que está travando na Justiça contra a trilionária Apple. Executivos da empresa de Bill Gates estão alertando a Justiça americana de que, caso a Apple vá em frente com sua ameaça de remover o “Unreal Engine”, da Epic, dos sistemas operacionais do iPhone e computadores Mac, toda uma cadeia de desenvolvedores independentes de games será afetada, o que inclui a própria Microsoft. O Unreal Engine é uma das plataformas mais populares do mundo entre desenvolvedores de jogos e é o motor da Epic Games.

Sem ter acesso ao mecanismo, os desenvolvedores não terão como corrigir falhas de segurança ou erros de seus games, interrompendo completamente o suporte para os jogadores, o que afetaria os próprios jogos da Microsoft que tem contratos para uso do Unreal Games. A declaração oficial da Microsoft foi entregue neste domingo à Justiça americana junto com um novo pedido da Epic para que a Apple não possa excluir o sistema de suas plataformas iOS e MacOS. “Hoje, apresentamos uma declaração em apoio ao pedido da Epic para manter o acesso ao SDK da Apple para seu Unreal Engine. Garantir que a Epic tenha acesso à tecnologia mais recente da Apple é a coisa certa para desenvolvedores e jogadores de jogos”, disse Phil Spencer, vice-presidente da área de jogos da Microsoft e chefe do Xbox, em sua conta no Twitter. 

A briga judicial das empresas começou em meados de agosto quando a Epic entrou com um processo anti-concorrencial contra a Apple. O processo foi uma resposta à empresa fundada por Steve Jobs, que removeu o jogo Fortnite de sua loja de apps. A Apple alega que a Epic estava tentado driblar suas taxas de 30% cobradas sobre qualquer transação financeira em aplicativos por meio de uma espécie de loja alternativa dentro do próprio game. Com o processo já em curso, a Apple subiu o tom e disse para a Epic que se a empresa não voltasse atrás na sua lojinha paralela, não era só o Fortnite que sumiria deu sua lojas de apps, mas que também nenhum profissional que use Mac ou iPhone poderia usar a Unreal Engine. Na semana passada, a Apple atingiu o valor de mercado de US$ 2 trilhões. Seu valor supera o PIB de 95% dos países do planeta e não é à toa que agora as questões anticoncorrenciais comecem a ganhar os holofotes.

Não é apenas o mundo dos games que está em briga com a Apple. A taxa de 30% cobrada na loja de aplicativos da Apple é considerada abusiva por muitos outros setores, mesmo que caia para 15% no segundo ano de uso da loja. O grupo de mídia americano Digital Content Next, dono do The New York Times e The Wall Street Journal, por exemplo, questionou em carta aberta endereçada ao presidente da Apple, Tim Cook, como faz para ter acordos como o que a Amazon tem para o Prime Video. Em audiência do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados nos Estados Unidos, Cook disse que a taxa reduzida estava disponível para qualquer desenvolvedor que atendesse certas condições. O presidente da Digital Content Next, Jason Kint, escreveu na carta a Cook:  “Peço que você defina claramente as condições que a Amazon satisfez para seu acordo, de modo que as empresas membros da Digital Content Next que atendam a essas condições possam receber o mesmo acordo.”

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