Criação de empregos perde força, mas taxa de desemprego cai nos EUA
Número de contratações desaponta, mas índice de desocupados recua para 7,2%, menor nível desde novembro de 2008
Os empregadores dos Estados Unidos contrataram menos funcionários em setembro do que o esperado. Segundo o Departamento de Trabalho, 148 mil vagas foram criadas no país no mês passado, sem levar em consideração o setor agrícola. Economistas alertam que os dados mostram uma recuperação mais lenta do que a esperada no mercado de trabalho americano, apesar de a taxa de desemprego ter caído 0,1 ponto percentual em setembro, para 7,2%, o menor nível desde novembro de 2008. Em agosto, foram criados 169 mil vagas (dados revisados).
Analistas acreditam que, com as contratações de novos funcionários em marcha mais lenta, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, decida manter por mais tempo sua política de estímulo à economia, com compras mensais de títulos públicos.
O diretor de estratégia cambial da Nomura Securities, Yunosuke Ikeda, comentou antes da publicação do relatório que, se houvesse a criação de 180 mil vagas, aproximadamente, seria possível pensar em uma retirada dos estímulos ainda este ano, possivelmente em dezembro. Como isso não se confirmou, as apostas para o adiamento da retirada dos estímulos apontam mais para o ano que vem.
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Vale destacar, porém, que o dado de criação de emprego pode ter sido afetado pelas duas semanas que parte da administração pública americana ficou paralisada. O relatório de emprego deveria ter sido divulgado há pouco mais de 15 dias, mas foi adiado por causa do impasse entre republicanos e democratas sobre o teto da dívida pública e o orçamento do governo.
Economistas acreditam que os empresários podem ter segurado as contratações para avaliar se o mercado consumidor seria abalado. Com a iminência de paralisação, também não houve espaço para contratações de servidores públicos.
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(com agência Reuters)