Criação de emprego nos EUA tem maior alta em 11 meses
Foram 244.000 novos empregos no mês. O resultado superou as expectativas dos analistas, que acreditavam que seriam criados cerca de 186.000 vagas
Apesar de o resultado tem superado as expectativas, o desemprego subiu 0,2 ponto porcentual
A economia dos Estados Unidos criou 244.000 em empregos em abril, acima do previsto pelos economistas. A quantia foi a maior em onze meses, informou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira.
As companhias privadas criaram vagas pelo terceiro mês consecutivo: em março, foram 216 mil novos postos de trabalho e, em fevereiro, 192 mil. Trata-se do maior ritmo em cinco anos.
Apesar de o resultado de criação de vagas ter sido favorável, a taxa de desemprego subiu de 8,8% para 9%. A discrepância deve-se ao fato de as pesquisas terem metodologias muito distintas. A base de coleta de dados da pesquisa de desocupação é bastante inferior e muito mais volátil à do levantamento de postos de trabalho. Em função disso, os economistas americanos constumam dar muito mais atenção aos dados de novos empregos.
Em abril, praticamente todos os segmentos da economia americana tiveram bons resultados, sobretudo o de serviços. A indústria, que vinha desacelerando as contratações, voltou a ganhar fôlego. Por fim, na construção civil, as contratações avançam mais lentamente.
Surpresa – O resultado de abril superou as projeções dos analistas, que apostavam que seriam criados cerca de 186 mil vagas. Entre as razões para esta expectativa mais pessimista está o aumento do número de pessoas que pedem auxílio desemprego.
Outro indicador significativo para os analistas é o preço da gasolina. A previsão é de que o preço do galão – atualmente em 3,99 dólares, um patamar considerado elevado – fique estável nos próximos meses e depois caia para 3,50 dólares perto do final do ano. Os especialistas consideram que, se as pessoas gastam muito com o cobustível, sobra menos dinheiro para outras atividades – fator que influencia também no emprego.
Ainda assim, há maior otimismo com o PIB americano. A maioria dos analistas acredita que a economia se fortaleceu o suficiente para continuar a crescer neste ano. As vendas no varejo aumentaram por conta da Páscoa, que neste ano aconteceu um pouco mais tarde do que o normal. Outros fatores que contribuem para o otimismo são o aumento das vendas de carros e o fato de as indústrias terem acelerado o ritmo de produção.
(com EFE e Reuters)