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Cresce o número de jovens que nem estudam e nem trabalham

Três em cada dez brasileiros com idades entre 18 e 24 anos estão totalmente desocupados. No total, são 6,6 milhões de jovens nem-nem

Por Bianca Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2018, 10h07 - Publicado em 25 jul 2017, 16h26

Numa crise econômica profunda todos perdem, mas uns perdem mais que os outros — e esses são quase sempre os jovens. Isso ocorre porque demitir funcionários com menos tempo de ocupação sai mais barato e cortar a mão de obra menos especializada significa perder menos produtividade e ter mais facilidade de encontrar substitutos quando o mercado se recuperar. Enquanto a taxa geral de desocupação brasileira fechou o primeiro trimestre em 13,7%, entre aqueles com idade de 18 a 24 anos esse número bateu em 31,8%. Pior: um levantamento realizado pela economista Ana Maria Barufi, do Bradesco, mostra que quase 30% dos brasileiros nessa faixa etária (ou seja, 6,6 milhões de jovens) além de não terem emprego, também não estudam. São os chamados nem-nem — pessoas que, na fase em que deveriam estar ingressando na universidade ou chegando ao mercado de trabalho, deparam com as portas fechadas.

Na crise, nenhum dos dois caminhos está disponível para eles. Estudo da consultoria Plano CDE, em parceria com o Instituto Carlyle, revela que a maior parte desses jovens mora em lares cujos salários somam até 3 000 reais mensais – são considerados de baixa e média renda. Sem suporte financeiro da família, os jovens encontram no emprego a única via para custear os estudos. Mas diante da crise no mercado de trabalho, eles são empurrados para a estatística dos totalmente desocupados.

VEJA entrevistou jovens brasileiros, com idades entre 18 e 24 anos, que estão atualmente na situação de nem-nem. Todos se encaixam no perfil apontado pelos números da matéria: pertencem a famílias de classe C, D e E, e não estudam porque não conseguem trabalhar. As histórias de alguns deles estão nos vídeos abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ZFmkSyLqTw8

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Vinicius Angelo, recifense de 24 anos, faz o que pode para se virar – desde vender picolés na Arena Pernambuco, a fazer animação em festa infantil. A renda dos bicos serve para complementar o orçamento familiar, sustentado pelo salário de 500 reais da mãe, e para fazer uma poupança para os estudos. Apesar de sonhar com um curso de gastronomia, o jovem deve começar a cursar enfermagem no ano que vem. Ele admite que o motivo da escolha é a maior chance de conseguir um emprego formal. “Ser enfermeiro não é o meu grande objetivo, mas é isso que ajudará a chegar aonde eu quero”, diz.

https://www.youtube.com/watch?v=dO34_B1-p94

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