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Corretoras de bitcoin enfrentam pressão de bancos

Presidente de associação do setor afirma que instituições estão encerrando e se recusando a abrir contas de corretoras, mas descarta recurso ao Cade agora

Por Gilmara Santos
Atualizado em 26 abr 2018, 11h01 - Publicado em 26 abr 2018, 11h01

As moedas virtuais estão caindo no gosto dos brasileiros. No ano passado, o Brasil comercializou cerca de 8 bilhões de reais em criptomoedas e a expectativa é quintuplicar esse valor neste ano, segundo a Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain. A alta valorização da moeda digital explica esse crescimento. Apenas o bitcoin, principal moeda digital negociada atualmente, teve uma alta de 1.600% no ano passado.

Esse desempenho recorde, entretanto, está levando alguns bancos a adotarem medidas contra as contas de corretoras que negociam dinheiro virtual. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain, Fernando Furlan, as instituições financeiras encerraram e até se recusaram a abrir contas de empresas que atuam com essas moedas. “Há uma preocupação do setor com essa conduta dos bancos. Mas por enquanto são casos pontuais e que já estão sendo tratados”, diz.

Furlan, que foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), explica que pela lei da concorrência uma empresa só pode se negar a fazer um negócio se houver uma justificativa aceitável. “Dizer que não há interesse comercial ou que desconfio do seu negócio não é explicação para o banco recusar um cliente”, afirma o presidente da associação recém-criada para reunir as empresas do setor e que, por enquanto, tem apenas as duas fundadoras entre seus associados.

“Sem uma justificativa, trata-se de uma conduta anticompetitiva e caberia representação no Cade. Não há dentro do setor a intenção de recorrer ao tribunal da concorrência, mas estamos acompanhando de perto a situação”, avalia Furlan ao afirmar que são casos isolados, sem revelar quais instituições estariam praticando tal medida.

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Para transformar as criptomoedas em reais ou em investimentos, as corretoras precisam da atuação de um banco e neste processo que estaria ocorrendo o imbróglio.

Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não comentou o assunto até a publicação desta notícia.

(Arte/VEJA)
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