Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Correios têm 1º lucro desde 2013 e ministro descarta privatização

Com a reversão de prejuízo, a ideia de privatizar os Correios ficou para trás, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab

Por Redação
Atualizado em 9 Maio 2018, 21h46 - Publicado em 9 Maio 2018, 14h14

Os Correios encerraram 2017 com um lucro líquido de 667 milhões de reais. Foi o primeiro resultado positivo desde 2013 – o déficit chegou a 2,12 bilhões de reais em 2015 e de 1,48 bilhões de reais em 2016.

Em nota, a empresa atribui o resultado a uma série de medidas, como revisão de contratos, racionalização de custos com pessoal e de encargos sociais e a revisão do custeio do plano de saúde, além da otimização da rede de atendimento. Em março, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os funcionários dos Correios passem a pagar mensalidade pelo plano de saúde.

O presidente interino dos Correios, Carlos Fortner, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a diretoria da empresa aprovou em fevereiro, em reunião sigilosa, proposta de fechamento de 513 agências e demissão de servidores. “Não é cabível numa empresa que quer ser modernizada, que quer se atualizar, que quer estar saudável, ter uma agência a 50 metros uma da outra, gastando com dois imóveis, e assim por diante. Copacabana (no Rio de Janeiro) tem agência a um quarteirão da outra. Não faz o menor sentido isso”, disse o executivo.

Os Correios informam que o balanço já foi aprovado pelo Conselho Fiscal da empresa e será avaliado pelo Conselho de Administração nesta quinta-feira, 10.

Continua após a publicidade

“A empresa se mantém focada em consolidar as iniciativas de recuperar o equilíbrio financeiro, otimizar a gestão e controlar despesas”, citam os Correios em nota.

Com a reversão de prejuízo, a ideia de privatizar os Correios ficou para trás, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. “Esse balanço (de 2017, que mostra volta ao lucro) e o apoio dessa casa nos permitiram tirar da pauta essa questão. Não se fala mais nisso”, disse o ministro em audiência na Câmara dos Deputados, ao ser questionado por parlamentares sobre a proposta de privatizar a companhia.

Kassab argumentou que a venda da estatal deixou de ser debatida porque o lucro de mais de 600 milhões de reais em 2017 mostra que a empresa “é viável e pode ser até ser lucrativa”. O ministro fez uma breve memória do debate sobre o futuro dos Correios e lembrou que a proposta de privatização era legítima diante de prejuízos que chegaram a superar 2,5 bilhões de reais.

“Se tivéssemos entregando um balanço negativo, não há candidato a presidente que não assumiria o compromisso de privatizar ou pelo menos estudar a privatização”, disse o ministro do PSD, ao lembrar que o próximo governo “vai encontrar uma empresa melhor, mais saudável e poderá efetivamente dar sequência ao trabalho de melhora” da companhia.

Continua após a publicidade

Kassab disse que a volta ao lucro não encerra o esforço de gestão nos Correios. Agora, afirmou, o esforço passa a ser melhorar a eficiência da empresa. “Precisamos melhorar a eficiência e estamos no caminho”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.