Por Renata Veríssimo e Luana Pavani
Brasília – A matéria enviada anteriormente apresentava incorreções. Segue o novo texto, que substitui o anterior:
A operação de incorporação pela Dasa da rede de laboratórios MD1, uma empresa ligada à Amil, que por sua vez entrará no capital da Dasa, é complexa. Essa é a justificativa do conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Ricardo Ruiz, relator do processo, para a assinatura do Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (APRO), hoje. As empresas assinaram com o Cade dois acordos prevendo que os negócios serão mantidos em separado até o julgamento final pelo órgão.
Segundo o relator, os acordos vão restringir a integração vertical da Amil e da Dasa. Para ele, a aquisição reforça o poder de mercado da Amil. Ruiz informou que dos 23 mercados regionais e de produtos onde as empresas operam, em 11 ou 12 há uma concentração de mercado acima de 50%. “Os indícios mostram que é um caso complexo”, afirmou. “Estamos preocupados com alguns players em alguns mercados”, disse sem citar nomes. A Amil também comprou a Medial.
Ruiz disse que há indícios de que a fusão das redes de laboratórios poderia estar dificultando a entrada de outros planos de saúde, que precisam das redes de laboratórios para venderem seus seguros de saúde.
A operação de incorporação da MD1 pela Dasa, anunciada em agosto do ano passado, prevê que, se concluída, o capital da Dasa será aumentado, com a emissão de novos papéis destinados aos acionistas da MD1. A relação de troca será estabelecida com base no valor da MD1, estimado inicialmente em 26,36% do capital da Dasa. A MD1 Diagnósticos tem entre seus acionistas o empresário Edson Godoy Bueno, fundador da Amil, e a JPLSPE Empreendimentos e Participações, controladora da Amil Participações.
A MD1 Participações é detentora de participação nas sociedades Pro Echo Cardiodata, CDPI – Clínica de Diagnóstico por Imagem, Clínica de Ressonância e Multi-Imagem e Laboratórios Médicos Dr. Sérgio Franco Ltda.