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Coronavírus derruba projeções de lucro e vendas da Apple

Surto de coronavírus faz Apple reduzir projeções para trimestre; parte da produção da empresa está na China, o que impactará produção e distribuição

Por Felipe Mendes, Victor Irajá Atualizado em 18 fev 2020, 19h56 - Publicado em 17 fev 2020, 19h57

Quando os chineses abriram ao mundo os verdadeiros impactos da epidemia do novo coronavírus, o reflexo na economia global foi imediato. Bolsas mundo afora despencaram, e, como consequência posterior, a pujante atividade econômica chinesa parou, graças ao cessar dos expedientes na indústria e a interrupção dos pregões da bolsa do país. Mas não foi só isso. A doença, que já matou mais de 1.700 pessoas, também derrubou as projeções de crescimento da Apple. A gigante multinacional americana, conhecida pelo símbolo da maçã, anunciou nesta segunda-feira, 17, que não cumprirá sua projeção de receita para o seu segundo trimestre fiscal, que abrange de janeiro a março de 2020.

A empresa esperava reportar vendas líquidas entre 63 bilhões de dólares e 67 bilhões de dólares no período. Mas, como boa parte de sua produção é realizada em solo chinês — onde, inclusive, encontra-se uma porção significativa de suas vendas — o potencial produtivo da empresa se arrefeceu. O coronavírus fez com que a Apple interrompesse a produção local, onde, entre outros produtos, fabrica o iPhone, e fechasse parte de suas lojas de varejo na China. Segundo comunicado, a empresa está “experimentando um retorno mais lento às condições normais do que havia previsto”. Hoje, a produção da Apple já está funcionando normalmente, mas a companhia não descarta que o período parado gere uma escassez de fornecimento de telefone em todo o mundo. 

A baixa vem num momento em que a empresa de tecnologia comemorava sua maior receita trimestral da história. No período entre outubro e dezembro, a companhia reportou uma receita de 91,8 bilhões de dólares, aumento de de 9% em relação ao primeiro trimestre do ano fiscal anterior, e lucro líquido de 22,2 bilhões de dólares. As vendas internacionais representaram 61% da receita do trimestre. “Durante o trimestre que incluiu o período de festas, nossa base instalada de aparelhos cresceu em todas as regiões geográficas, ultrapassando 1,5 bilhão de aparelhos ativos”, disse Tim Cook, CEO da Apple, à época.

No trimestre, porém, a Apple amargou queda de 9% nas vendas de iPhone em relação ao mesmo período no ano passado. Apesar de ainda serem a principal fonte de receita, os telefones (à venda em seis versões disponíveis no site da empresa com preços entre 3 399 e 9 599 reais) perderam participação nos lucros — foram superados, por exemplo, pelos minifones de ouvido, os AirPods, e pelos iPads. Entretanto, o crescimento da área de serviços foi exponencial, o que fez a empresa atentar para esse nicho — o avanço no primeiro semestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018 foi de 18%. É mais um desafio para a empresa, que amarga a ascensão da Huawei no mercado mundial — e outro desafio vindo da China. 

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