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Copa derruba preço de pacotes turísticos

Com a antecipação das férias escolares para junho, consumidor pode desembolsar até 50% a menos para viajar durante o mês de julho

Por Da Redação
20 jun 2014, 11h57

Quem pensava que a Copa do Mundo provocaria uma alta generalizada nos preços de pacotes de viagem se enganou. Como efeito colateral do mundial, pacotes turísticos para as férias de julho, contrariando expectativas do mercado, devem sair quase pela metade do preço se comparados ao mesmo período do ano passado.

A extensão do evento da Fifa até julho provocou, em um primeiro momento, uma significativa alta de preços, fazendo com que até o consumidor mais organizado e precavido resistisse a fazer reservas antecipadas para as férias do meio do ano. Além disso, as férias escolares foram antecipadas para junho por causa da Copa, diminuindo a demanda para julho, lembra o diretor comercial do site Hotel Urbano, Antônio Gomes.

Um desequilíbrio entre oferta e demanda levou, assim, agências, hoteleiras e companhias aéreas a baixar os preços iniciais. Após uma promoção de descontos progressivos em junho, o Hotel Urbano estima queda de 40% dos preços para julho em comparação a 2013.

A CVC, maior operadora de turismo do país, também estima queda de 40% nos preços no mês. Um pacote de oito dias em Natal, por exemplo, sai a partir de 1.178 reais por pessoa, queda de 37% em relação ao ano passado. O mesmo período em Fortaleza, cidade-sede da Copa, custa a partir de 1.328 reais, recuo de 17% no preço original. Já no cenário internacional, o consumidor vai desembolsar 20% a menos para visitar a Flórida e 38% a menos para conhecer Paris.

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Passo atrás – Os preços de pacotes começaram a cair já em janeiro. Para o período da Copa, entre junho e início de julho, houve diminuição de até 50% dos preços em comparação aos que vinham sendo anunciados e vendidos em 2013. Na contramão do manual do viajante, nesse caso, quem decidiu viajar de última hora pagou mais barato. “Até o sorteio da Copa, em dezembro do ano passado, ninguém sabia onde seriam os jogos nem os fluxos de hotelaria ou de voos. Por precaução, a Fifa saiu bloqueando hotéis no Brasil inteiro. Alguns torcedores também já quiseram se precaver”, diz o vice-presidente de produtos, vendas e marketing da CVC, Valter Patriani. “Então, mesmo sem ninguém saber a ordem, os hotéis e voos já estavam todos lotados”, explica.

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Com esse movimento especulativo, houve grande alta nos preços, que começou a se desfazer logo após a definição do calendário. “Logo que saiu o sorteio, a agência da federação já liberou metade do que tinha bloqueado, o que teve um impacto muito grande. Um hotel em Fortaleza parceiro da CVC, por exemplo, teve 80% dos apartamentos devolvidos”, conta Patriani. Com isso, houve promoções com queda de até 50% nos preços de pacotes para o período da Copa, incluindo nas cidades-sede, desde que não propriamente em dias ou vésperas de jogos. “O preço para compras entre janeiro e junho deste ano registrou uma queda considerável. Muitas companhias aéreas e redes de hotéis aproveitaram para oferecer diversas promoções para as cidades que irão receber os jogos, otimizando a ocupação dos aviões, por exemplo”, afirma o diretor do Decolar.com, Alípio Camanzano.

Outra opção foi apostar em destinos para quem justamente queria fugir do evento. “A demanda mais alta para as cidades-sede foi há meses atrás. O que melhorou muito ultimamente foi a venda em regiões periféricas dessas cidades, como Búzios e Angra para o Rio de Janeiro, por exemplo”, diz Gomes, do Hotel Urbano. Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Edmar Bull, mesmo com a fraca demanda inicial de pacotes e passagens em julho, o setor deve apresentar crescimento expressivo no mês com os ajustes na oferta.

(com Estadão Conteúdo)

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