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Controladora da Usiminas diz que Nippon ‘deu golpe’

Após destituição de executivos em setembro, Ternium afirma que sócia japonesa usa fatos artificiais para mudar governança da siderúrgica

Por Da Redação
17 out 2014, 12h32

O conflito societário que envolve as duas principais controladoras da Usiminas – Ternium e Nippon Steel – parece estar longe de ser resolvido. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Roberto Caiuby, presidente de negócios do grupo Technit, que controla a Ternium, diz que a sócia japonesa aplicou um “golpe” ao votar pelo afastamento de executivos indicados pelo grupo ítalo-argentino, rompendo com o acordo de acionistas. Em setembro, três executivos indicados pela Ternium foram destituídos de seus cargos: o diretor-presidente (Julián Eguren), o vice-presidente de subsidiárias (Paolo Bassetti), e o vice-presidente industrial (Marcelo Charas).

“Eles (os sócios japoneses) estão muito incomodados com as mudanças que passamos a fazer na empresa desde que chegamos em 2012, visando torná-la mais eficiente e competitiva. Na verdade, querem a volta do passado, com a cultura de estatal, ao usarem fatos artificiais para mudar a governança da companhia”, disse Caiuby. Ele cita a aquisição de 10,2% de ações do fundo de pensão Previ , no valor de 617 milhões de reais, para reafirmar a realização de investimentos por parte da Ternium. “Ao contrário dos japoneses, que pouco investiram em seus mais de 50 anos. Estavam mais preocupados em vender tecnologia e equipamentos.” A Nippon detém 29,45% das ações da Usiminas e a Ternium, 27,7%.

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O argumento da Nippon e de dois acionistas minoritários (Previ e Fundo L. Par), que foram favoráveis à demissão dos executivos da Ternium, é de que houve o pagamento de bônus especiais, que não tinham a aprovação da companhia, nem do conselho. Já a Ternium alega que os pagamentos não causaram dolo e não foram feitos de má fé. “A única razão é que a Nippon tentou mudar o acordo de acionistas, propondo alternância de presidente e não concordamos com esse rodízio”, disse Vidigal, que não vê sentido em um modelo de alternância de CEO a cada dois ou quatro anos.

“Os japoneses, aliados com o atual presidente de administração da empresa, Paulo Penido, rasgaram o acordo de acionistas da Usiminas, tomando decisões que violam o documento”, complementou Marcelo Trindade, advogado da Trindade Advogados, que cuida da causa para a Ternium junto com o escritório Mattos Filho.

A Ternium não teve sucesso em três pedidos de liminares para reconduzir seus executivos, mas disse que continuará buscando na Justiça a garantia de seus direitos e das regras do acordo firmado com os japoneses.

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