Controlador do Fleury confirma ofertas para vender sua fatia
O laboratório informou, em fato relevante, ter recebido comunicação da acionista controladora sobre as ofertas, que "estão sendo analisadas" pela Core, controladora do grupo
A Core Participações, controladora indireta do Fleury, recebeu ofertas por sua fatia na empresa de medicina diagnóstica, em mais um sinal de atratividade do setor privado brasileiro de saúde. A Core possui direta e indiretamente mais de 40% do capital do Fleury, segundo informações disponíveis nos sites da companhia e da Bovespa.
O Fleury informou, em fato relevante, nesta quinta-feira, ter recebido comunicação da acionista controladora sobre as ofertas, que “estão sendo analisadas”. “A companhia informará imediatamente a seus acionistas e ao mercado em geral novas informações eventualmente recebidas de Core sobre o assunto que possam configurar um fato relevante”, disse o Fleury, sem dar detalhes sobre os grupos interessados e sobre as ofertas.
As ações do Fleury tinham valorização de quase 3% no final da manhã desta quinta.
Há meses a imprensa vem noticiando que a Core estaria disposta a vender sua participação no Fleury. Em meados de novembro passado, o Fleury informou que a Core tinha contratado o JPMorgan para avaliar alternativas estratégicas para sua fatia na empresa, “inclusive com eventual ingresso de novos investidores”, motivando forte alta das ações do laboratório.
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Uma mudança no controle do Fleury seria o mais recente movimento societário no setor de saúde privado brasileiro. Em outubro de 2012, o empresário Edson Bueno e sua ex-mulher Dulce Pugliese de Godoy Bueno venderam o controle da companhia de saúde Amil para a norte-americana United Health por cerca de 10 bilhões de reais.
Bueno não abandonou o setor de saúde e nesta semana assumiu, junto com a ex-mulher, o controle da empresa de medicina diagnóstica Dasa, após desembolsar quase 1,8 bilhão de reais para comprar ações da rival do Fleury em leilão na Bovespa.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, estariam na disputa pelo Fleury o laboratório Hermes Pardini (com os fundos Gávea e Apax) e os grupos de private equity Pátria e Blackstone.
A preços de mercado, o valor do negócio seria de cerca de 1,2 bilhão de reais. Normalmente, há um prêmio pago aos controladores na venda de suas posições.
(com agência Reuters)